Recentes dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025 revelaram uma realidade alarmante: Porto Seguro, um dos destinos turísticos mais célebres da Bahia, aparece entre os 50 municípios brasileiros com as maiores taxas de estupro e estupro de vulneráveis. A cidade registra impressionantes 63 casos para cada 100 mil habitantes, posicionando-se em uma preocupante 47ª colocação entre as cidades com mais de 100 mil habitantes. O que é mais chocante é que Porto Seguro é a única cidade do Nordeste a figurar nesse ranking.
Essa inclusão não é uma mera coincidência, mas um reflexo de um aumento considerável nos casos de violência de gênero na região. Comparando os dados com o Anuário de 2023, onde Paulo Afonso ocupava uma posição inferior, observa-se um crescimento alarmante na quantidade de ocorrências em Porto Seguro, evidenciando um problema que se alastra por toda a Bahia.
A violência de gênero no estado vai além dos limites de Porto Seguro. O levantamento indica que cinco cidades baianas estão entre as dez mais violentas do país. Em termos de feminicídio, a Bahia registrou pelo menos 250 tentativas e 115 casos consumados, revelando a gravidade dessa questão. A situação torna-se ainda mais crítica quando consideramos que, entre 2023 e 2024, o estado registrou um aumento de 1,6% nas ameaças a mulheres, totalizando cerca de 62 mil alertas em apenas um ano.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) utiliza uma metodologia rigorosa para analisar as taxas de estupro, excluindo cidades menores para evitar distorções. Em um contexto mais abrangente, Boa Vista (Roraima) lidera o ranking nacional com 132,7 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por Sorriso (Mato Grosso) com 131,9. Esses números complexos são influenciados por diversos fatores, incluindo a presença de atividades ilegais e a precariedade urbana em cidades que experienciam rápida expansão.
A presença de Porto Seguro nessa lista e os dados gerais de violência de gênero na Bahia são um chamado urgente para a intervenção das autoridades e para a mobilização da sociedade civil. É imperativo intensificar ações de prevenção e combate à violência sexual, bem como oferecer o apoio necessário às vítimas. O momento é de união e ação, porque a mudança começa agora. Como você vê esta situação? Deixe sua opinião nos comentários!