Prefeito de Tanque Novo é acusado de não repassar recursos do Fundef

Prefeito de Tanque Novo, Paulo Ricardo Bonfim Carneiro (PP) – Foto: Reprodução | Facebook

Em uma reviravolta que promete agitar o cenário político de Tanque Novo, o prefeito Paulo Ricardo Bonfim Carneiro (PP) é alvo de uma investigação do Ministério Público Federal. O motivo? Acusações sérias de desvio e má aplicação dos recursos vindos do Fundef, impulsionadas por uma representação do diretório local do Partido Verde.

O município fez jus a uma quantia surpreendente de R$ 32.017.723,33 em junho de 2023, resultado de uma vitória judicial contra a União. Esses recursos, vinculados à manutenção e desenvolvimento da Educação Básica, deveriam ser uma benção para as escolas locais, mas as alegações indicam uma realidade muito diferente.

Segundo a denúncia, a falta de cumprimento de metas e a destinação irregular desses recursos podem configurar atos de improbidade administrativa e até mesmo crimes de responsabilidade. A situação se agrava ao ignorar determinações do Tribunal de Contas da União (TCU) e jurisprudências dos tribunais superiores.

Mesmo após a publicação do Plano de Aplicação dos Recursos, em dezembro de 2023, que previa utilizar R$ 4.144.095,84 em obras estruturantes para a rede de ensino, as promessas feitas não se concretizaram. O dinheiro, que deveria trazer melhorias significativas, se transformou em uma expectativa vazia para a comunidade.

Vistoria cidadã e registros fotográficos revelam um cenário desolador: as obras prometidas não foram executadas. Entre elas estão a construção do CAEEM, reformas de escolas e a climatização das instituições de ensino, que totalizam valores vultosos mas que, infelizmente, permanecem apenas no papel.

Além disso, a denúncia aponta que o prefeito não rateou os 60% do valor devido aos professores, deixando a população sem clareza sobre o destino desses recursos. Enquanto isso, o CAEEM permanece em um prédio alugado, as quadras ficam descobertas e a tão esperada reforma nas escolas se torna uma quimera.

Em busca de esclarecimentos, a reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Tanque Novo, mas até o momento, não recebeu resposta. A situação levanta questões cruciais sobre a gestão do dinheiro público e o compromisso com a educação.

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