25 outubro, 2025
sábado, 25 outubro, 2025

Preta Gil foi alvo de ódio, mas levantou bandeiras que ninguém queria segurar

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Preta nunca se esquivou de pautas importantes

Preta Gil não foi apenas uma artista; ela se tornou uma verdadeira bandeira de resistência em um mundo que muitas vezes prefere o silêncio. Com uma carreira sólida como cantora, atriz e empresária, dedicou sua voz e visibilidade para abordar questões sociais urgentes, como o racismo, a gordofobia e a saúde mental. Ao fazer isso, desafiou normas sociais e se posicionou contra o preconceito, mesmo quando as consequências eram duras, incluindo ataques de ódio na internet.

A artista, que partiu aos 50 anos após uma batalha corajosa contra o câncer, era filha do ícone Gilberto Gil. Desde cedo, Preta se destacou por sua autenticidade e coragem. Sua trajetória foi marcada pela luta incessante por um espaço onde pudesse ser verdadeiramente livre e acolhida, inspirando outras mulheres a abraçarem suas próprias identidades.

Na luta contra a gordofobia e em defesa da liberdade estética, Preta se revelou uma pioneira. Sua presença nas redes sociais era um farol de autoestima e acolhimento, onde compartilhava tanto momentos de dor quanto de superação. Durante o tratamento, continuou a dialogar abertamente sobre seus desafios pessoais, reafirmando a força das mulheres que enfrentam múltiplas adversidades.

“Eu coloquei meu corpo a esse serviço”, disse Preta, referindo-se à sua militância em prol dos direitos das mulheres. Para ela, expor suas cicatrizes, tanto físicas quanto emocionais, era um ato de amor-próprio e um recado poderoso para tantas que se sentem invisíveis. Preta sabia que seu corpo era político. Com isso, visava à aceitação e à normalização de conversas que muitos ainda consideravam tabus.

“A minha voz é a voz daqueles que não podem se expressar”. Essas palavras, que ecoam sua luta pela representatividade, revelam a essência de sua mensagem de empoderamento. Preta Gil sempre foi um símbolo de coragem e autenticidade, não só por suas performances, mas por seu papel como ativista social.

A aceitação do corpo, a reflexão sobre a morte e as realidades do racismo no Brasil foram algumas das bandeiras que ela levantou. “A morte é um assunto muito tabu”, admitiu, mostrando como lutar contra esses silêncios pode ser libertador. Preta sempre buscou provocar diálogos essenciais, mostrando que é preciso unir forças e contar as histórias que realmente importam.

Assim, sua presença continua a inspirar a luta pelo direito de ser quem somos, sem medo ou vergonha. Afinal, como ela mesma disse: “Tomara que você se cure de quem nunca reconheceu que te feriu.” Essas palavras ressoam até hoje, lembrando-nos da importância de abraçar nossa verdade.

Compartilhe suas lembranças de Preta Gil e como ela tocou sua vida. Suas experiências são valiosas e podem inspirar outros a se aceitarem e levantarem suas próprias bandeiras.

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