1 setembro, 2025
segunda-feira, 1 setembro, 2025

Preta, jovem e alfabetizada: Estudo do IBGE traça perfil da população em Unidades de Conservação na Bahia

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Estudo do IBGE sobre Unidades de Conservação na Bahia

Um novo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou um retrato surpreendente da população que reside nas Unidades de Conservação (UCs) na Bahia. Com 1.354.144 cidadãos vivendo nessas áreas, os dados do Censo de 2022 mostram que essa população é, notavelmente, mais preta, jovem e alfabetizada em comparação com o restante do estado.

Dentre esses moradores, 693.559 são mulheres, representando 51,2% da população das UCs. Essa porcentagem é ligeiramente menor que a média estadual, que é de 51,7%. Contudo, a real distinção vem da idade e da composição racial: 22,2% da população das UCs é composta por crianças entre 0 e 14 anos, um número superior ao observado no estado como um todo, enquanto a população idosa com 60 anos ou mais é menor, totalizando apenas 12,9%.

Quando analisamos a cor ou raça, observamos que 56,8% da população se autodeclara parda, similar ao percentual de 57,3% em todo o estado. No entanto, um dado impactante é que 26,1% se identificam como pretos, superando os 22,4% do estado. Esta revelação sublinha a diversidade e a presença significativa da população negra nas UCs.

Outro ponto crucial abordado pelo IBGE é a taxa de analfabetismo. Nas Unidades de Conservação, 11,3% das pessoas com 15 anos ou mais são analfabetas, enquanto que, no estado, esse número é de 12,6%. Isso contrasta com a situação nacional, onde a taxa de analfabetismo nas UCs é de 8,8%, mais baixa do que a média geral de 7,0% para 2022.

Entretanto, os desafios permanecem, especialmente na área de saneamento básico, que se apresenta como uma das principais dificuldades enfrentadas por esses moradores. O estudo aponta que 39,1% da população das Unidades de Conservação na Bahia enfrenta precariedades em relação ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Isso corresponde a 527.087 moradores que não têm acesso adequado a esses serviços essenciais.

Em termos absolutos, 35% dos residentes dependem de esgotos rudimentares, e 9,2% não têm água canalizada. Além disso, 14,5% dos cidadãos convivem com a falta de coleta de lixo, o que resulta em métodos inadequados de disposições de resíduos. Esses dados destacam a urgência de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida nessas áreas.

Essas informações nos convidam a refletir sobre as realidades vividas por quem habita as Unidades de Conservação. Que ações você acredita serem necessárias para fomentar melhorias nas condições de vida nessa população? Compartilhe suas ideias e vamos juntos abrir um diálogo construtivo sobre esse tema essencial!

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