Na encantadora cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, a Festa da Boa Morte ressignifica tradições centenárias e revela a força da cultura afrobrasileira. Com mais de 200 anos de história, a festa tem início nesta quarta-feira, 13 de agosto, e oferece uma rica mescla de religiosidade e celebração popular.
Organizada pela Irmandade da Nossa Senhora da Boa Morte, composta única e exclusivamente por mulheres negras, a festividade é considerada um patrimônio cultural imaterial do Brasil. Suas raízes estão fincadas na devoção a Nossa Senhora da Boa Morte e Nossa Senhora da Glória, além de refletirem a ancestralidade e a luta do povo negro.
A cerimônia inaugural é um tributo às irmãs falecidas, onde participantes vestidas de branco se reúnem em procissão, carregando a imagem da santa em direção à Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Na quinta-feira, o clima se intensifica com uma procissão noturna, onde velas são acesas e cânticos reverberam, homenageando a dormição de Nossa Senhora, ressaltando a profundidade da fé que perdura desde o século XIX, quando a devoção começou a ser expressa em Salvador.
Em torno da festa, um espaço de Artesanato da Bahia será cuidadosamente montado na praça Góes Calmon entre os dias 14 e 16 de agosto. Artesãos e artesãs locais exibirão e venderão suas criações, que refletem a identidade quilombola e indígena, permitindo ao público não só comprar, mas vivenciar a riqueza cultural da região.
O evento se estenderá até domingo, prometendo cinco dias repletos de celebrações, com muito samba de roda e uma farta ceia que promete alimentar tanto o corpo quanto a alma dos participantes. A programação completa inclui desde a tradicional colocação da imagem de Nossa Senhora da Boa Morte até almoços típicos e momentos de grande confraternização.
Faça parte desse momento único, que reverbera amor, memória e resistência. Quer saber mais sobre a Festa da Boa Morte? Compartilhe suas impressões nos comentários e sinta a conexão com essa rica manifestação cultural!