23 setembro, 2025
terça-feira, 23 setembro, 2025

Somos todos bissexuais: polêmica frase de Freud debate a natureza humana

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DIA DA VISIBILIDADE BISSEXUAL

Como Freud Amplia a Nossa Compreensão sobre a Bissexualidade

Isabela Cardoso

No Dia da Visibilidade Bissexual, celebrado nesta terça-feira, 23, o Portal A TARDE traz uma reflexão sobre a sexualidade

No Dia da Visibilidade Bissexual, celebrado a 23 de setembro, refletimos sobre a sexualidade e suas nuances. A afirmativa de Sigmund Freud, considerado o “pai da psicanálise”, ecoa: todos somos bissexuais. Mas o que isso realmente significa?

Freud não estava apenas falando sobre orientação sexual; ele propôs que nossa mente é uma tapeçaria de identidades masculinas e femininas. Para ele, a sexualidade é um espectro, muito além da simples atração por um gênero ou outro.

A psicoterapeuta e neurocientista Ana Chaves nos ajuda a entender essa ideia. “Freud acreditava que desde nosso desenvolvimento inicial, todos nós temos uma disposição bissexual, a capacidade de sentir atração ou identificação com características de ambos os sexos”, explica. Essa visão não se limita à sexualidade física, mas também à maneira como nos conectamos com o mundo ao nosso redor.

Em um nível mais profundo, Freud via todos nós como possuidores de uma mistura interna de masculinidade e feminilidade. Isso não quer dizer que todas as pessoas vão se relacionar sexualmente com ambos os gêneros; é sobre como amamos e desejamos, que frequentemente transcende as limitações tradicionais.

Sigmund Freud, considerado como o

Mas como essa bissexualidade se manifesta na prática? Segundo Freud, ela se revela em diversas camadas, desde identificações familiares até sonhos e desejos inconscientes. Homens podem se identificar com figuras femininas, como mães ou irmãs, enquanto mulheres podem ver traços masculinos em figuras como pais ou amigos.

A psicoterapeuta e neurocientista Ana Chaves

Ana salienta que mesmo pessoas heterossexuais possuem um universo de possibilidades. “Freud nos ensina que, em sonhos e fantasias, encontramos uma mescla de elementos masculinos e femininos, indicando que todos temos essas camadas psíquicas”, completa.

Para jovens bissexuais, a experiência é multifacetada. Amora Lima, de 21 anos, descreve a bissexualidade como um espaço de contrastes. “Não se resume a atração sexual; são sentimentos e conexões que variam conforme a pessoa,” diz. Para ela, os relacionamentos com mulheres oferecem um sentido de compreensão, enquanto com homens, há um cuidado redobrado devido a questões sociais preocupantes.

A advogada Milena Espírito Santo também traz sua visão. Para ela, ser bissexual vai além da atração: “Envolve conexão emocional e identificação, expandindo o que significa se relacionar.” Através dessa compreensão, ela enfrenta estereótipos, reafirmando que a bissexualidade é parte dela, sem a definir totalmente.

A advogada Milena Espírito Santo e a namorada

Ao refletir sobre a sexualidade, a abordagem de Freud se torna uma chave poderosa para desmantelar preconceitos. Ao aceitar que todos possuímos, em algum nível, essa bissexualidade, torna-se claro que a diversidade não é exceção, mas sim uma parte fundamental da condição humana.

Este dia é um convite à reflexão: como nossas experiências moldam nossa identidade e nosso entendimento sobre o amor? Participe da conversa e compartilhe suas ideias nos comentários. Sua voz é importante!

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