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Josh O’Connor e Paul Mescal: Uma Paixão Proibida Explorada em “A História do Som”

28/10/2025 – 12:17 h

O filme de Paul Mescal que emocionou Cannes e chega ao Brasil de forma discreta –
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Em A História do Som, o público é convidado a mergulhar em uma narrativa sensível e profunda. Neste filme, que estreou no Festival de Cannes e será apresentado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Lionel (Paul Mescal) e David (Josh O’Connor) se encontram por acaso em um bar. A música atua como o elo que une esses dois personagens, quando Lionel, ao piano, descobre que David também conhece as cantigas do interior norte-americano.
À medida que seus olhares se cruzam, uma amizade embriagada pela música se transforma rapidamente em um amor incondicional. O diretor Oliver Hermanus é hábil em retratar a entrega desse amor, mesmo em uma época marcada por tabus e a sombra da Primeira Grande Guerra, que ameaça separá-los.
O filme não hesita em explorar essa relação homoafetiva em um tempo em que discutí-la abertamente era impossível. O que se desenrola é uma jornada significativa, onde a música folk se transforma em uma forma de descoberta e conexão não apenas com a cultura, mas entre eles. A trilha sonora se torna a voz de um amor silencioso, mas avassalador.
Embora o tom da narrativa seja sereno, a sutileza não diminui a intensidade das emoções. A História do Som flui como as canções que os protagonistas gravam, revelando um conto melancólico sobre os desafios do amor em tempos de repressão. A evolução do vínculo deles é retratada com um ritmo constante, que culmina em uma reflexão profunda sobre as barreiras que o amor deve enfrentar.
A estreia nos cinemas está prevista para fevereiro de 2026, prometendo ressoar com todas as emoções acumuladas durante a produção.
Em contrapartida, o filme Sirât, filme de abertura da Mostra Internacional de São Paulo, emerge como uma obra provocativa e divisiva. Sob a direção do franco-espanhol Oliver Laxe, somos levados ao deserto marroquino, onde um pai e seu filho buscam por uma filha que desapareceu entre festas vibrantes. O enredo não se detém nas razões de sua fuga, mas sim na jornada repleta de experiências sensoriais, onde som e dança tornam-se metáforas para a vida e suas dores.
A epígrafe inicial, que menciona “sirât” — a ponte que liga o paraíso e o inferno — nos leva a refletir sobre os limites da existência. Assim, o filme se transforma em uma alegoria brutal, revelando uma provação decisiva que os personagens enfrentam. Ao retratar eventos dramáticos, Sirât nos convida a sentir empatia pela condição humana, lembrando que, apesar das dores, a vida continua, pulsante e intensa.
A estreia desse filme nas salas de cinema está marcada para janeiro de 2026, convidando o público a vivenciar essa experiência única.
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