27 outubro, 2025
segunda-feira, 27 outubro, 2025

Terror em Cabo Delgado: aldeia é incendiada e moradores mortos

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MUNDO

Moradores encontram destruição em Napala, Cabo Delgado

Redação
No intervalo de apenas 24 horas, a pequena aldeia de Napala, em Cabo Delgado, testemunhou um dos episódios mais sombrios de sua história recente. Entre 10 e 11 de outubro, um ataque brutal deixou um rastro de dor e devastação, com quatro vidas perdidas em chamas e quatro crianças raptadas por grupos terroristas, conforme relatam fontes da comunidade.

Situada a 40 km do distrito de Chiúre, a aldeia, já fragilizada por ataques anteriores, viu seus moradores abandonarem suas casas em busca de segurança. Ironia trágica: ao retornarem, encontraram um cenário de desolação. “Lamentamos profundamente a morte de quatro idosas. Os terroristas queimaram todas as casas e as mataram”, revela uma fonte local, revelando a realidade cruel enfrentada pela comunidade.

Mais de 2.500 residências foram consumidas pelo fogo, afetando cerca de 3.800 pessoas. A dor se intensifica com a notícia da destruição de uma escola, deixando mais de 500 alunos sem aulas. “Restaram apenas escombros. As casas que sobraram são menos de dez”, lamenta outro morador, expressando a impotência diante de tanto desamparo.

O desaparecimento de quatro crianças, com idades entre 10 e 13 anos, ecoa como um grito desesperado em meio ao caos. “Levaram quatro crianças, e até hoje não sabemos onde estão”, conta um familiar, um testemunho que reflete a angústia de tantas famílias. Cabo Delgado, rica em recursos naturais, vem sendo alvo de ataques extremistas desde 2017, um terrível ciclo de violência que parece não ter fim.

Dados recentes da ONU mostram que os ataques em Cabo Delgado deixaram pelo menos 44 mortos e atingiram cerca de 208 mil pessoas apenas em agosto. O número de deslocados ultrapassou 111 mil, a maioria proveniente da província mencionada, com deslocamentos também para Niassa e Nampula. A situação crítica levou à suspensão temporária das missões humanitárias em várias áreas, penalizando ainda mais a população já debilitada.

Em um desabafo contundente, o presidente de Moçambique, Daniel Chapo, classificou as ações terroristas como “atos bárbaros”, que ferem a dignidade humana. É um clamor por paz em uma região que merece ser reconstruída e renascida das cinzas.

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