
Os moradores de Areias, em Camaçari, estão em um momento crítico, aguardando laudos que podem culminar em mudanças significativas em suas vidas. A Tronox, produtora de pigmento de Dióxido de Titânio, está no centro de uma controvérsia que envolve danos ambientais graves e um pedido de responsabilização por parte da comunidade local. Os relatos de contaminação do ar e do subsolo se tornaram um clamor, e a Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Camaçari toma a frente, buscando justiça e reparação.
Em declarações ao Portal A TARDE, o vereador Manoel Jacaré (PP), presidente da Comissão, enfatizou a urgência de formalizar uma resposta para a situação, prometendo que a comissão está em fase de coleta de provas através de laudos técnicos. “Estamos próximos da conclusão”, declarou, trazendo esperança aos residentes afetados.
A assistência médica, especialmente para aqueles com histórico de doenças crônicas, está no horizonte, mas depende da comprovação através de laudos médicos. Enquanto isso, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) já detectou a presença de metais pesados no lençol freático, resultando em uma multa imposta pelo Ministério Público da Bahia. Em um esforço contínuo, a prefeitura foi instruída a realizar um levantamento completo da saúde comunitária e do solo em dezembro de 2024.
O contexto é ainda mais alarmante quando lembramos que há anos a Tronox, então conhecida como Millenium Inorganic Chemicals, enfrenta acusações. Em 2008, a empresa foi responsabilizada por uma mancha amarela na orla de Jauá, resultando na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) prometendo monitoramento das emissões. Contudo, em 2015, novos estudos revelaram descumprimentos desse acordo, comprovando a persistência da poluição.
Especialistas em saúde denunciam a relação direta entre a presença de metais pesados, como níquel e chumbo, e o aumento de doenças severas, incluindo câncer. Os riscos são reais: a exposição continuada a esses agentes tóxicos pode resultar em sérias consequências de saúde a longo prazo. Os moradores de Areias clamam por ação imediata e soluções que assegurem a cura e proteção de sua comunidade.
Diante dessa situação alarmante, a voz da comunidade de Areias ecoa: é hora de reivindicar direitos e garantir que a saúde e o bem-estar prevaleçam. Como você vê essa situação? O que acha que deve ser feito para proteger os moradores? Compartilhe sua opinião nos comentários!