13 agosto, 2025
quarta-feira, 13 agosto, 2025

Violência contra mulher cai na Bahia: medidas protetivas e denúncia são caminhos

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Na Bahia, dados do Tribunal de Justiça mostram o crescimento significativo de medidas protetivas

Na Bahia, um cenário de esperança emerge diante de números que revelam uma diminuição significativa na violência contra a mulher. O Tribunal de Justiça aponta que, até junho de 2025, foram registradas 10.018 violações, uma impressionante queda de 29% em comparação ao ano anterior. Essa mudança é consequência de mais de mil denúncias, um sinal de que as vozes femininas estão sendo ouvidas e agindo em busca de proteção.

Ana Clara Auto, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, destaca que essa redução é fruto de um esforço coletivo. Governos, secretarias e a comunidade uniram forças em uma rede de apoio ao combate à violência. “O trabalho em rede é fundamental”, afirma, enfatizando que a prevenção é a chave para garantir que menos mulheres sejam vítimas. As campanhas de conscientização vêm sendo implementadas, inclusive nas escolas, visando interromper o ciclo de violência antes que ele comece.

Apesar dos progressos, desafios persistem. A subnotificação e a dificuldade de acesso a canais de denúncia ainda são barreiras significativas. Salvador, por exemplo, registrou 4.061 violações, embora representando uma queda de 6% em comparação ao ano passado. Essas ocorrências incluem agressões físicas, verbais, exploração sexual e outros abusos, revelando a necessidade contínua de conscientização e ação.

A denúncia é uma poderosa ferramenta, não apenas para a proteção individual, mas para o enfrentamento estruturado da violência. Wilmara Falcão, professora de Direito, observa que denunciar pode romper ciclos de abuso e provocar mudanças sociais significativas. Nos centros de apoio, como a Casa da Mulher Brasileira, as mulheres podem solicitar medidas protetivas, um recurso essencial previsto pela Lei Maria da Penha, que garante segurança imediata contra agressões.

Adicionalmente, a instalação de novas casas de apoio em Irecê, Feira de Santana e Itabuna promete expandir a rede de proteção na Bahia, oferecendo mais suporte para aquelas que buscam ajuda. Em um contexto em que medidas protetivas cresceram de 23.568 em 2023 para 26.477 em 2024, os números evidenciam a eficácia desse suporte institucional.

Para facilitar a denúncia, existem canais diretos, como o 190 – da Polícia Militar, e o 180, que é a Central de Atendimento à Mulher. Além disso, o estado conta com 15 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), onde as vítimas têm acesso a apoio legal e psicológico, além de abrigo em situações de emergência.

Uma das inovações mais impactantes é o Violentômetro, uma ferramenta educativa que alerta sobre comportamentos abusivos que podem parecer inofensivos. Esta iniciativa, parte da campanha “Não normalize o que te machuca. Reaja!”, busca expandir a conscientização sobre a violência que vai além da agressão física, destacando que insultos, controle e humilhações também são formas de opressão.

Ana Cláudia de Jesus Souza, juíza na 2ª Vara de Violência Doméstica de Salvador, ressalta a importância de entender que cada passo dado rumo à conscientização é crucial para combater a normalização da violência. As mulheres precisam saber que a ajuda está disponível e que medidas protetivas podem ser solicitadas de forma rápida e eficaz.

Como apontado pela psicóloga Natália Pires, romper com a violência é um processo complexo que envolve questões emocionais, sociais e econômicas. O Violentômetro, acessível em várias cidades da Bahia, é uma das várias formas de empoderar mulheres em situação de vulnerabilidade, ajudando-as a reconhecer comportamentos prejudiciais e a buscar ajuda.

Ao compartilharmos essas informações, fortalecemos a luta contra a violência de gênero. Precisamos agir coletivamente e incentivar as vítimas a denunciarem suas situações. Sua voz pode fazer a diferença! O que você pensa sobre a redução dos casos de violência na Bahia? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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