A balança comercial brasileira surpreendeu em agosto, alcançando um superávit de US$ 6,133 bilhões, conforme os dados revelados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). As exportações somaram US$ 29,861 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 23,728 bilhões, resultando em uma corrente de comércio de US$ 53,589 bilhões no último mês.
O desempenho do Brasil em 2023 também é notável, com as exportações acumulando US$ 227,583 bilhões até agora. Em contraste, as importações ficaram em US$ 184,771 bilhões, o que gera um saldo positivo de US$ 42,812 bilhões. Comparando com agosto de 2022, as exportações mostraram um crescimento de 3,9%, passando de US$ 28,74 bilhões para o número atual.
Em termos setoriais, a agropecuária e a indústria extrativa experimentaram aumento nas exportações, enquanto a indústria de transformação viu uma leve queda. A agropecuária cresceu US$ 0,51 bilhões (8,3%) e a indústria extrativa US$ 0,74 bilhões (11,3%), mas a transformação apresentou uma queda de US$ -0,14 bilhões (-0,9%). No que tange às importações, um declínio de 2% foi registrado em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Ademais, as exportações para mercados como o Reino Unido e México tiveram um desempenho impressionante, com aumentos de 11% e 43,82%, respectivamente. No entanto, houve quedas acentuadas em algumas parcerias comerciais, destacando-se uma redução de 18,5% nas exportações para os Estados Unidos. Especialmente notável foi a queda de 100% nas exportações de minério de ferro para os americanos, um fato alarmante para a economia.
As vendas de aeronaves e partes sofreram uma redução impressionante de 84,9%, seguidas por quedas significativas no açúcar (88,4%) e motores não elétricos (60,9%). Esse cenário, segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, pode ser atribuído à antecipação das vendas em julho, antes que tarifas adicionais fossem introduzidas na administração Trump.
“Atribuo isso muito à antecipação que ocorreu em julho, quando houve uma carta no dia 9 de julho afirmando que as tarifas iam aumentar em 50% para o Brasil e isso gerou incerteza entre os exportadores e tivemos crescimento das exportações para os Estados Unidos de 7%”, explicou.
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