Na última quarta-feira, o Partido dos Trabalhadores (PT) deu um passo audacioso ao protocolar um projeto de lei que visa abolir a desgastante escala de trabalho 6×1 e reduzir a jornada semanal de 44 para 36 horas, mantendo os salários intactos. Essa proposta surge em um contexto onde o esgotamento no trabalho é alarmante, refletindo a necessidade de uma abordagem mais humana ao mundo laboral.
Os membros do PT consideraram que conseguir um quórum de votos para um projeto de lei é uma tarefa mais viável do que os 308 votos necessários para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Este novo plano ganha força após tentativas anteriores, como a da deputada Érika Hilton (PSol-SP) e outra do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que buscavam também promover mudanças significativas nesse cenário.
Apesar da resistência predominante entre os parlamentares, que temem os impactos econômicos e nos negócios, a proposta do PT traz frescor ao debate sobre as condições de trabalho no Brasil. Até agora, nenhuma redução da jornada de trabalho avançou na Câmara, mas os petistas apostam que essa nova estratégia pode mudar o jogo.
A proposta inclui algumas medidas inovadoras para melhorar as condições de trabalho: a inclusão do tempo de deslocamento na jornada em locais de difícil acesso, flexibilidade na negociação do tempo de deslocamento para micro e pequenas empresas, e um teto de duas horas extras por dia, com proteção especial para gestantes e lactantes. Para as áreas de segurança e saúde, as jornadas de 12 horas seriam permitidas, mas apenas sob negociação coletiva.
A justificativa reforça a urgência da medida: uma pesquisa revelou que 72% dos brasileiros estão estressados no trabalho, e mais de 209 mil pessoas foram afastadas por problemas de saúde mental em 2022. Este cenário dramático não pode ser ignorado, e a proposta do PT busca não apenas aliviar a carga de trabalho, mas proporcionar uma vida mais saudável e sustentável aos trabalhadores brasileiros.
Quais suas opiniões sobre a redução da jornada de trabalho? Você acredita que essa mudança pode trazer benefícios reais para o ambiente laboral no Brasil? Compartilhe suas reflexões nos comentários!