
Na recente onda de ataques cibernéticos que afeta o sistema financeiro, o Banco Central tomou uma medida drástica: suspendeu três instituições do Pix. As empresas Transfeera, Soffy e Nuoro Pay foram desconectadas após a suspeita de que estavam envolvidas em um desvio significativo de recursos, totalizando pelo menos R$ 400 milhões, que ocorreram em um ataque à C&M Software, provedora de serviços tecnológicos.
A suspensão, que pode durar até 60 dias, segue o Artigo 95-A da Resolução 30 do BC, permitindo medidas cautelares para manter a integridade do sistema de pagamentos. A Transfeera, que gerencia finanças empresariais, confirmou a suspensão do Pix, mas garantiu que os demais serviços estão operando normalmente. Em nota, a empresa afirmou que não foi afetada pelo incidente e que está colaborando com as investigações.
As fintechs Soffy e Nuoro Pay também foram suspensas. Embora não sejam autorizadas diretamente pelo Banco Central a operar no Pix, elas participam do sistema através de parcerias. Até o fechamento da reportagem, ambas não se pronunciaram sobre a situação.
O ataque, que ocorreu na noite de terça-feira (1º), explorou vulnerabilidades nos sistemas da C&M Software, resultando na transferência de recursos das contas de reserva dos bancos para criptomoedas. Essa conexão da C&M com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi crucial para o sucesso do ataque. Após o incidente, o Banco Central autorizou a empresa a retomar suas operações.
A investigação está em andamento, contando com a colaboração da Polícia Federal e da Polícia Civil de São Paulo. Em uma reviravolta impressionante, um funcionário da C&M foi preso por facilitar o acesso dos criminosos aos sistemas, recebendo em troca R$ 15 mil. Sua confissão revelou a vulnerabilidade interna que permitiu a execução do golpe.
A segurança do sistema financeiro está em cheque, e a resposta do Banco Central evidencia a seriedade da situação. O que você pensa sobre essa questão? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião sobre o impacto dos ataques cibernéticos na nossa economia.