14 agosto, 2025
quinta-feira, 14 agosto, 2025

Banco do Brasil tem queda de 60% no lucro líquido do último trimestre

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O Banco do Brasil (BB) divulgou nesta quinta-feira (14/8) seus resultados do 2º trimestre de 2025, revelando um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões. Esse número representa uma queda acentuada de 60,2% em comparação aos R$ 9,5 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. Embora o resultado estivesse dentro das expectativas do mercado, que projetava um lucro entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões, o desempenho fraco reflete desafios contínuos enfrentados pela instituição.

A inadimplência tem sido uma preocupação crescente, forçando especialistas a revisarem suas projeções para baixo, enquanto o Banco Central já havia sinalizado tendências de mercado menos otimistas. Frente a isso, a presidente do Banco, Tarciana Medeiros, afirmou que 2025 será um ano de ajuste na busca por crescimento. Segundo ela, a meta é alcançar um lucro entre R$ 21 e R$ 25 bilhões, com foco em investimentos estruturais que garantam uma experiência superior para os clientes.

Os números do balanço também destacam uma margem financeira bruta de R$ 25,06 bilhões, uma leve queda de 1,9% em relação ao ano anterior, e uma receita de serviços de R$ 8,8 bilhões, com uma diminuição de 1%. O custo do crédito, por outro lado, foi alarmante, passando de R$ 7,8 bilhões para R$ 15,9 bilhões, quase o dobro do valor do ano passado.

O Banco do Brasil também reconheceu a necessidade de revisar suas projeções de carteira de crédito, com uma nova previsão que varia de 3,5% a 6% nas carteiras de pessoas físicas e de empresas. Essa recalibração é um reflexo direto do aumento da inadimplência, com o índice de atrasos acima de 90 dias alcançando 4,21%. Para a carteira do agronegócio, a inadimplência ficou em 3,49%, enquanto as carteiras de pessoas físicas e jurídicas mostraram taxas de 5,59% e 4,18%, respectivamente.

A revisão do payout, que agora caiu para 30%, também foi comunicada, indicando um ajuste na distribuição de lucros aos acionistas. A Bureau destacou que os pagamentos de juros sobre o capital já foram realizados totalmente em março e junho, mantendo o cronograma de pagamentos estabelecido.

Apesar dos desafios, o Banco do Brasil afirma que seu Capital Principal encerrou junho em 10,97%, reforçando a solidez de seu balanço. Este cenário, embora desafiador, traz também a oportunidade de reestruturação e foco em um crescimento sustentável.

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