
Uma investigação conduzida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelou, pela primeira vez, indícios de crimes financeiros envolvendo o Banco Master. Segundo o relatório, a instituição teria realizado investimentos fraudulentos na ordem de bilhões, inflacionando artificialmente seu patrimônio e possibilitando aportes em empresas conectadas à irmã do proprietário, Daniel Vorcaro. A informação veio à tona através do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Entre os anos de 2022 e 2025, o Banco Master teria investido R$ 2,1 bilhões em dez empresas que não apresentavam a mínima capacidade econômica para justificar essas cifras exorbitantes. Um caso particularmente alarmante envolveu um aporte de R$ 361 milhões em uma clínica médica em Contagem, Minas Gerais, a qual anteriormente registrava uma receita anual de apenas R$ 54 mil. Para a CVM, essa clínica operava como uma fachada; era registrada em nome de uma ex-recepcionista que vivia em condições incompatíveis com os montantes recebidos.
A auditoria também sinalizou que, caso os recursos aplicados pelo Banco Master não sejam honrados, a solidez financeira da instituição poderá ficar seriamente comprometida. Além disso, surgiram indícios de que essas operações poderiam ter sido utilizadas para elevar artificialmente o valor do banco em possíveis negociações de mercado.
Atualmente, o Banco Central está analisando a proposta de aquisição de 58% do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Entretanto, essa transação é alvo de questionamentos por parte do Ministério Público do Distrito Federal e suscita preocupações na esfera política, inclusive do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A CVM já encaminhou os indícios de gestão fraudulenta, que viola a Lei 7.492/86, ao Banco Central e a outros órgãos de controle, e a pena para tais práticas pode variar de 3 a 12 anos de prisão.
Em resposta às alegações, o Banco Master afirmou que todos os investimentos já foram quitados e que não existe risco de exposição. A Clínica Mais Médicos S.A. também garantiu que mantém operações regulares no setor de saúde, assegurando que suas transações com o Banco Master foram integralmente resolvidas. A Laqus, responsável por intermediar a emissão de títulos, declarou que seguiu todas as normas legais e atuou apenas como depositária.
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