18 outubro, 2025
sábado, 18 outubro, 2025

Barulho do trânsito aumenta risco de ansiedade e depressão, diz estudo

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Você já parou para pensar no impacto que o barulho do trânsito pode ter na sua saúde mental? Um estudo revelador da Universidade de Oulu, na Finlândia, expõe uma conexão alarmante entre o ruído ambiental e o aumento dos riscos de ansiedade e depressão, especialmente entre os jovens. Os dados revelam que aqueles que vivem em áreas onde o som ultrapassa o patamar de 53 decibéis enfrentam um risco elevado de desenvolver distúrbios emocionais, superando o que seria considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde.

A pesquisa, publicada na revista Environmental Research, analisou mais de 114 mil jovens nascidos entre 1987 e 1998, residentes na metrópole de Helsinque. Ao longo de uma década, de 8 a 21 anos, a saúde mental dos participantes foi constantemente monitorada em relação aos níveis de ruído em suas habitações.

Os especialistas em saúde trabalharam com medições anuais do tráfico rodoviário e ferroviário, cruzando esses dados com diagnósticos de ansiedade e depressão. Os resultados foram surpreendentes: enquanto os níveis de barulho entre 45 e 50 dB não apresentaram risco significativo, a partir de 53 dB, os efeitos nocivos se tornaram evidentes. “Nossa análise demonstrou que a ansiedade se torna acentuadamente maior em ambientes onde o ruído se eleva acima de 53 a 55 dB”, explica a pesquisadora Anna Pulakka.

“Acima desse valor, o barulho se torna um estressor psicológico importante para os jovens”, conclui Anna.

Além disso, os pesquisadores notaram que a associação do barulho com a ansiedade era mais acentuada entre os homens e aqueles sem histórico familiar de transtornos mentais. O ruído, portanto, não é apenas um aborrecimento diário, mas um sério agente de risco à saúde emocional.

As implicações são vastas, especialmente em um contexto onde o ruído ambiental já é considerado a segunda maior preocupação de saúde pública na União Europeia, atrás apenas da poluição do ar. Esses barulhos não apenas interferem no sono, mas podem também ser gatilhos para doenças cardiovasculares e transtornos psiquiátricos.

Frente a essas descobertas, Yiyan He, o autor principal do estudo, enfatiza a necessidade de políticas de planejamento urbano que priorizam a redução da exposição ao barulho, como podeções de áreas silenciosas e o aumento de espaços verdes. Essas medidas poderiam, de fato, transformar a qualidade de vida nas cidades.

E você, já percebeu como o ambiente ao seu redor pode influenciar seu bem-estar? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe suas experiências!

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