14 agosto, 2025
quinta-feira, 14 agosto, 2025

BB tem lucro de R$ 11,2 bi no primeiro semestre, queda de 40,7%

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Em um cenário desafiador para o setor financeiro, o Banco do Brasil (BB) anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 11,2 bilhões no primeiro semestre de 2025, uma diminuição expressiva de 40,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa queda foi impulsionada por novas regras contábeis e um aumento na inadimplência, fatores que impactaram diretamente a performance da instituição.

Para o segundo trimestre, entre abril e junho, o BB reportou um lucro de R$ 3,8 bilhões, refletindo uma retração de 60% se comparado ao segundo trimestre de 2024. Em declaração, a presidente Tarciana Medeiros revelou que este é um período de ajustes, preparando a empresa para um futuro de crescimento. “O ano de 2025 é de ajustes para aceleração do crescimento, com expectativas de lucro entre R$ 21 e R$ 25 bilhões”, afirmou.

Entretanto, mesmo que o lucro projetado para 2025 não atinja o recorde de R$ 37,9 bilhões de 2024, o banco mantém um compromisso firme com a inovação e a melhoria dos serviços, sempre visando a satisfação de seus clientes e o fortalecimento do relacionamento com eles.

A instrumentação das novas regras contábeis, que começaram a vigorar em janeiro, trouxe um novo formato para as provisões financeiras, mudando a maneira como algumas receitas e despesas são reconhecidas. Em conformidade com os novos padrões, o BB deixou de contabilizar R$ 1 bilhão em receitas de crédito, o que representa mais um desafio na gestão dos resultados.

Inadimplência e Projeções

A inadimplência, medida por atrasos superiores a 90 dias, subiu para 4,21% no segundo trimestre de 2025. Esse aumento de 3% para 4,21% é particularmente visível no agronegócio, setor no qual o BB detém uma significativa participação no crédito concedido. Em resposta a esse cenário, o BB revisou suas projeções para 2025, prevendo um crescimento da carteira de crédito entre 3% e 6%, além de ajustar suas expectativas para outras métricas financeiras.

Apesar do lucro em queda, o BB registrou um aumento de 1,3% na carteira de crédito ampliada, que alcançou R$ 1,3 trilhão em junho, mostrando sinais de inércia no setor. A divisão dos empréstimos por segmento revela um crescimento notável em todas as áreas, sendo que a pessoa jurídica aumentou em 14,7% e o agronegócio foi um destaque com 8% anuais.

No que diz respeito às receitas com serviços, houve um crescimento de 4,7% no segundo trimestre, embora tenha apresentado uma leve queda em relação ao ano anterior. Por outro lado, as despesas administrativas também aumentaram, justificado pela contratação de novos funcionários e reajustes salariais.

Em uma decisão reflexiva, o BB diminuiu a distribuição de dividendos de 40% para 30% do lucro, em resposta ao desempenho financeiro. Este movimento reiterou a importância da sustentabilidade financeira em tempos incertos, além de impactar diretamente o lucro distribuído ao governo, seu maior acionista.

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