Na última sexta-feira, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu um casal por agredir seu próprio filho, um bebê de apenas três meses, que agora se encontra em estado gravíssimo em Porto Alegre. A criança apresenta graves lesões neurológicas, hemorragias internas e múltiplas fraturas pelo corpo, evidências trágicas de que a violência atingiu um nível insustentável.
O horror deste caso começou a ser revelado em agosto, quando o bebê foi internado em um hospital em Imbé, no litoral norte do estado, com claros sinais de violência. A polícia foi alertada após o Conselho Tutelar registrar uma ocorrência a partir de um ofício da assistência social da unidade de saúde, destacando a urgência da situação.
O quadro do bebê era tão alarmante que ele foi transferido para a Santa Casa de Porto Alegre, onde os médicos encontraram lesões em diferentes estágios de cicatrização, incluindo fraturas nas costelas, braços e pernas. Uma hemorragia ocular também foi identificada, um indicativo concreto de maus-tratos.
Durante a investigação, o pai confessou que sacudiu a criança diversas vezes e admitiu ter realizado “massagens agressivas”, além de puxar o cobertor envolvendo o bebê, o que teria resultado nas fraturas. A mãe, por sua vez, negou ter agredido a criança, mas reconheceu que tinha conhecimento da impaciência do parceiro e ainda assim deixava o filho sob seus cuidados.
No dia 26 de agosto, quando carecia de cuidados do pai, o bebê chegou ao hospital de Tramandaí em estado crítico, descrito como “quase desfalecido, pálido e gemendo”. Dada a gravidade da situação, a equipe médica aconselhou que os pais não ficassem sozinhos com a criança.
A Polícia Civil concluiu que o bebê foi alvo de agressões contínuas perpetradas pelo pai e toleradas pela mãe. A Justiça, então, decretou a prisão preventiva do casal, que agora está no sistema prisional, mas as cicatrizes de sua violência reverberarão por toda a vida da criança.
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