
Em uma declaração contundente, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu revelou, durante uma cerimônia de assinatura em Maalé Adumim, que não permitirá a criação de um Estado palestino. “Vamos cumprir nossa promessa: não haverá Estado palestino, este lugar nos pertence”, afirmou, enquanto anunciava planos ambiciosos para dobrar a população da cidade.
Esse projeto, que envolve a construção de 3.400 unidades habitacionais na polêmica área de E1, localizada entre Jerusalém e Maalé Adumim, havia sido paralisado por pressão internacional, mas agora retorna com força, apoiado pelo ministro das Finanças Bezalel Smotrich, da extrema-direita, defensor da anexação da Cisjordânia.
A reação internacional foi imediata e intensa. O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou sua condenação ao plano, alertando que ele ameaça a viabilidade de um Estado palestino contíguo e representa uma “ameaça existencial” à solução de dois Estados. A Autoridade Palestina também criticou a medida, caracterizando-a como um avanço na “anexação progressiva” da Cisjordânia.
Desde 1967, a colonização da Cisjordânia, sob ocupação israelense, continua a crescer, especialmente após a recente escalada de violência em Gaza, iniciada com o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Hoje, cerca de três milhões de palestinos e aproximadamente 500 mil colonos israelenses habitam a região, onde assentamentos são considerados ilegais pelo direito internacional.
No cenário internacional, países como França, Austrália, Canadá e Bélgica estão se preparando para reconhecer oficialmente o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral da ONU, que se realiza até o final de setembro. O Reino Unido também manifestou apoio à ideia, condicionando-a a um cessar-fogo em Gaza e a compromissos concretos de Israel.
À medida que as tensões se intensificam, ministros israelenses da extrema-direita continuam a defender abertamente a anexação total da Cisjordânia, elevando a inquietação diplomática e o risco de novos conflitos na região. Agora, mais do que nunca, precisamos nos unir e discutir sobre o que está em jogo. Como você vê essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!