18 agosto, 2025
segunda-feira, 18 agosto, 2025

Besouro ameaça colmeias e acende sinal de alerta na apicultura baiana

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Embrapa

Um perigo silencioso está à espreita nas colmeias da Bahia. O Aethina tumida, conhecido como o “pequeno besouro das colmeias”, acendeu o sinal de alerta entre os apicultores. Com um potencial destrutivo intenso, esses besouros podem devastar enxames e comprometer a produção de mel em diversas regiões do estado. Embora um foco tenha sido identificado e controlado na cidade de Conde, a preocupação persiste, uma vez que o inseto já se espalhou por outros estados brasileiros.

Nativo do continente africano, o Aethina tumida se alimenta de larvas e mel, enfraquecendo as colônias de abelhas Apis mellifera e abelhas sem ferrão. Gérmenes de abandono surgem quando as colmeias são afetadas, levando a uma perda significativa no setor. A presença do besouro exige estratégias de prevenção que incluem boas práticas de manejo e maior fiscalização no transporte de colmeias e na aquisição de rainhas. Sem vigilância adequada, o avanço do problema pode causar danos irreparáveis à economia rural dos municípios baianos.

Em resposta a essa ameaça, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) tem intensificado suas ações, oferecendo educação e vigilância para barrar novos focos da praga. “Pedimos que os apicultores fiquem atentos e notifiquem qualquer suspeita da doença”, destaca Luciana Ávila, coordenadora do Programa de Sanidade das Abelhas. Materiais didáticos estão sendo elaborados para ajudar na identificação do besouro, enquanto técnicos visitam propriedades vizinhas ao foco registrado, reforçando orientações sanitárias em colaboração com o setor produtivo e universidades.

Ainda que o Aethina tumida não tenha sido identificado nas colmeias de abelhas nativas da Bahia, a inquietação entre os meliponicultores está crescendo. “Embora nossos cooperados ainda não tenham relatado a presença do besouro, a preocupação existe”, afirma Marcelo Alexandre Silva, engenheiro agrônomo e diretor técnico da Cooperativa de Criadores das Abelhas do Brasil (Coopcab). A cooperativa enfatiza a importância das boas práticas e a notificação imediata à ADAB em caso de suspeitas. “Esta é uma ameaça severa que compromete não apenas a produção, mas também aumenta os custos para os apicultores”, alerta.

A pesquisadora Maria Teresa do Rêgo Lopes, da Embrapa Meio-Norte, destaca que o pequeno besouro já foi registrado em mais de 50 municípios brasileiros, representando uma crescente ameaça à apicultura e meliponicultura. O inseto não só compromete a produção e a qualidade do mel, podendo até fermentar os favos, mas também leva ao abandono das colmeias. A falta de tratamentos eficazes torna a situação ainda mais alarmante, exacerbada pela facilidade com que o besouro se espalha.

Agora, é sua vez de se envolver nessa causa vital. Deixe seu comentário sobre como acredita que podemos enfrentar essa ameaça à apicultura na Bahia ou compartilhe este alerta com amigos e colegas que possam se beneficiar dessas informações!

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