Em uma declaração contundente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a questão das apostas online durante uma recente entrevista. Ele destacou a necessidade urgente de aumentar a tributação sobre as casas de apostas, que operam como uma verdadeira mina de ouro, mas contribuem pouco para a economia brasileira. “Esses sites têm arrecadado fortunas, mas, ao contrário do que se esperaria, o governo anterior não cobrou um centavo durante quatro anos”, criticou.
Haddad argumentou que é vital tratar as apostas da mesma forma que tabacos e bebidas alcoólicas, que são impostos pesadamente. Em suas palavras, “se não administrarmos esse setor adequadamente, podemos acabar criando uma situação mais complicada, como já aconteceu em outros momentos da história”. Ele afirmou que o governo está determinado a enquadrar as apostas e garantir que contribuam com o que é justo.
E a motivação por trás de tais mudanças? Para Haddad, o objetivo é claro: “Após uma década de reveses, estamos em busca de resultados fiscais que sustentem o crescimento da economia e combata o desemprego e a inflação”. Contudo, ele expressou preocupação de que algumas forças estejam tentando minar esse progresso em função das próximas eleições.
Em outro ponto da entrevista, o ministro se debruçou sobre o impasse envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ao comparar a situação a um clássico duelo de futebol, o “Fla x Flu”, ele se afastou dessa visão simplista. “Não é uma disputa que beneficie a ninguém”, comentou. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu decretos que alteravam a cobrança do IOF, e uma audiência de conciliação está marcada para o próximo dia 15 de julho em Brasília.
No que diz respeito à relação entre o governo e o Congresso, Haddad destacou a importância do diálogo. Ele afirmou: “Quando um não quer, dois não brigam. E nenhum dos dois quer brigar”. Em suas palavras, a comunicação deverá prevalecer, pois depende da boa condução dos trabalhos do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, um papel fundamental para o país.
Por fim, o ministro se mostrou otimista em relação à aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Haddad confia que o relator do projeto, o deputado Arthur Lira, está alinhado com o governo, e que a proposta contará com um apoio significativo.
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