O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de divulgar seus resultados para o primeiro semestre de 2025: um lucro impressionante de R$ 13,3 bilhões, um desempenho que se mantém estável em relação ao mesmo período do ano passado. Esta trajetória sólida reflete um aumento significativo de 56% na injeção de crédito na economia, totalizando R$ 129,6 bilhões.
Os dados revelam uma expansão robusta dos ativos totais do BNDES, que cresceram R$ 204,2 bilhões desde o início de 2023, alcançando a marca de R$ 888 bilhões. Esse crescimento representa um incremento de 30% em comparação a 2022. Somente no semestre, observou-se um aumento de 5,6%, destacando a trajetória ascendente do banco.
Em relação à inadimplência, o BNDES reportou uma taxa de apenas 0,03% no segundo trimestre, muito abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional, que é de 3,55%. Isso demonstra a solidez do banco, embora a taxa tenha se elevado ligeiramente em relação ao primeiro trimestre, quando foi de 0,001%.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, sublinhou a relevância desse desempenho, classificando o banco como o segundo melhor em todo o sistema financeiro brasileiro. Em suas palavras:
“Quero registrar isso para que se preserve as instituições de excelência do Estado brasileiro. Elas trazem retorno para o crescimento, emprego, inovação, descarbonização, reindustrialização do país e para o enfrentamento da crise climática. É um papel imprescindível e mesmo uma alavancagem do setor privado, mercado de capitais.”
Destinado ao financiamento de longo prazo e de investimentos em diversos segmentos da economia, o BNDES se consolidou como um agente vital para o desenvolvimento. Os números mais recentes mostram que as aprovações de crédito atingiram sucessos marcantes, especialmente na indústria, que viu uma alta de 24% em relação a 2024, totalizando R$ 18,1 bilhões.
A agropecuária também se destacou, com um avanço de 20%, atingindo R$ 17 bilhões. Já o setor de comércio e serviços obteve R$ 13,5 bilhões, refletindo uma alta de 18%. No entanto, a infraestrutura registrou uma queda de 8%, totalizando R$ 24,2 bilhões, embora tenha crescido 53% desde 2022.
Outro ponto importante é o aumento significativo no apoio a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Este segmento recebeu garantias que somaram R$ 56,8 bilhões, com aprovações de crédito de R$ 32 bilhões, resultando em um total de R$ 88,8 bilhões — um aumento de 92% comparado ao primeiro semestre de 2024.
Mercadante enfatizou que, mesmo em um cenário econômico desafiador, com taxas de juros elevadas, o BNDES continuou a apresentar resultados positivos. Ele afirmou:
“Estamos mostrando um crescimento muito expressivo no volume de crédito em uma conjuntura diversa.”
Em termos de patrimônio líquido, o banco encerrou o semestre com R$ 165,3 bilhões, um saldo R$ 6,9 bilhões superior ao de dezembro de 2024. Este crescimento contínuo reafirma o compromisso do BNDES com o desenvolvimento econômico e a estabilidade do sistema financeiro.
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