Na última sexta-feira, a Justiça do Rio de Janeiro proferiu uma sentença contundente: Claudia Mayra Alves Soliva, líder de uma quadrilha especializada no golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela”, foi condenada a 20 anos e 10 dias de prisão. A decisão veio em resposta à sua responsabilidade na morte do turista colombiano Manuel Felipe Martinez Mantilla, que foi vítima de um crime cruel.
A quadrilha operava principalmente em áreas turísticas, como a Lapa e a famosa roda de samba da Pedra do Sal. No ano passado, a trama se desenrolou de maneira trágica, culminando na morte do colombiano após ter sido drogado. Ele foi inicialmente levado a um hospital por um motorista de aplicativo, mas infelizmente não resistiu.
Claudia, que se apresentou como garota de programa, atraiu o turista para o bar Esperança, no Parque União, em Bonsucesso, logo após se conhecerem. No entanto, seu verdadeiro objetivo era sombrio: ela colocou o sedativo “Clonazepan” na bebida dele, deixando-o grogue e vulnerável. Em uma demonstração de crueldade, aproveitou-se da situação para roubar seu cartão de crédito e realizar diversas compras em seu nome.
Chamou a atenção da investigação o fato de que uma das compras foi um iPhone, que Claudia ostentou nas redes sociais. Sua arrogância parecia não ter limites. O desenrolar da trama se complicou ainda mais quando ela solicitou um carro de aplicativo para transportar o turista, que, em estado crítico, desmaiou logo após ser colocado no veículo.
O motorista, percebendo que algo estava errado, se dirigiu ao Hospital de Bonsucesso. Claudia, em uma atitude questionável, alegou que precisava levar seu filho à escola e não poderia acompanhá-los. Após a internação, o turista morreu em cerca de 40 minutos e a polícia foi acionada. Em seu depoimento, o motorista reconheceu Claudia como a cliente que chamou o carro, enquanto ela tentava alegar que o cartão de crédito tinha sido roubado por uma amiga, embora admitisse ter efetuado compras com ele.
O caso choca não apenas pela brutalidade, mas também pela audácia de suas ações. A sociedade aguarda com expectativa as repercussões deste julgamento. Afinal, quantos mais precisam ser alertados sobre os perigos escondidos nas sombras do turismo?
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