A Bolívia se prepara para um segundo turno nas eleições presidenciais, onde Rodrigo Paz, um senador de centro-direita, e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga prometem uma disputa acirrada. As projeções de duas empresas de pesquisa indicam que Paz, com 31% dos votos, superou as expectativas e se posicionou como a grande surpresa da eleição, deixando Quiroga, com 27%, para um duelo no dia 19 de outubro. Samuel Doria Medina, que liderava as intenções de voto, obteve apenas 19%, destacando uma mudança significativa no panorama político.
Rodrigo Paz, que cresceu longe de casa devido à perseguição política de seus pais durante as ditaduras na Bolívia, representa uma nova esperança para muitos. Após votar em Tarija, reafirmou a urgência de uma mudança que beneficie o povo e não apenas o Estado. Em contrapartida, Jorge Quiroga, que já ocupou a presidência entre 2001 e 2002, prometeu revitalizar a democracia e a economia do país, buscando deixar para trás 20 anos de liderança do Movimento ao Socialismo (MAS).
Os candidatos parecem unir esforços em um ponto crucial: a necessidade de responsabilizar Evo Morales, o primeiro presidente indígena do país, que governou entre 2006 e 2019. Morales, que se viu impedido de concorrer a um quarto mandato e enfrenta acusações graves, fez uma campanha pelo voto nulo, acreditando que a eleição carecia de legitimidade. Ele se encontra oculto mesmo durante o pleito, protegido por apoiadores.
À medida que a Bolívia enfrenta uma grave crise econômica, marcada pela escassez de combustíveis e uma inflação que chega a quase 25%, eleitores buscam respostas. O momento é crítico, e a luta por um novo caminho político se intensifica. Com a votação marcada para outubro, o futuro da Bolívia está em jogo. O que você espera desse novo capítulo na história política boliviana? Compartilhe suas opiniões nos comentários e participe dessa conversa!