17 agosto, 2025
domingo, 17 agosto, 2025

Bolívia vai às urnas com direita favorita e 23% dos votos indefinidos

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Apoiadores de Evo Morales na Bolívia

Neste domingo (17), a Bolívia se prepara para um momento crucial: a escolha de seu novo presidente e a renovação do Parlamento. Com 19 anos de hegemonia da esquerda, este pleito pode significar uma mudança significativa para o país. A direita, liderada por candidatos como Jorge “Tuto” Quiroga e Samuel Doria Medina, surge como favorita, enquanto cerca de 23% dos votos permanecem indefinidos, introduzindo um elemento de incerteza no resultado final.

O ex-presidente Evo Morales, que não pode participar das eleições, tem incentivado o voto nulo, o que reflete um racha dentro do Movimento ao Socialismo (MAS), o partido que dominou a cena política boliviana por quase duas décadas. Os candidatos da esquerda, Andrónico Rodríguez e Eduardo del Castillo, estão enfrentando sérias dificuldades, marcados pela desgaste associado ao governo atual e a uma crise econômica persistente.

Quiroga, ex-ministro da Fazenda e vice-presidente, é um nome conhecido na política boliviana. Sua posição é clara: se eleito, buscará romper relações com regimes como os da Venezuela, Cuba e Irã, mantendo, no entanto, laços comerciais com países do Brics, como China e Índia. Em suas propostas, Quiroga não hesita em usar uma linguagem forte, prometendo cortes drásticos nos gastos públicos, comparáveis ao estilo do presidente argentino Javier Milei.

Logo atrás, Samuel Doria Medina, um empresário de sucesso, se apresenta como um candidato moderado. Ele promete uma estabilização econômica rápida, com a prioritária correção do déficit fiscal, que este ano atingiu mais de 10%. Segundo Medina, a reclamação se concentra nas substanciais subsidiárias para combustíveis, que sobrecarregam a economia boliviana.

No entanto, a esquerda, apesar de desorganizada, ainda nutre esperanças. Andrónico Rodríguez, que se desligou do MAS, e Eduardo del Castillo, ex-ministro que tentou se distanciar do desgaste do governo, estão em busca de apoio. Apesar de uma leve recuperação nas intenções de voto, a divisão interna e o contexto hostil dificultam a ascensão da esquerda.

A divisão do MAS reflete uma disputa interna complexa entre os seguidores de Morales e os apoiadores do atual presidente, Luis Arce. Este quadro, segundo a doutora Alina Ribeiro, poderá impactar diretamente no resultado das eleições, considerando que os indecisos, nulos e brancos têm um papel vital na definição do novo líder do país. Agora, a expectativa é grande para ver se a oposição conseguirá capitalizar essa divisão e o que isso significará para o futuro da Bolívia.

O que você acha que essa eleição representa para a Bolívia? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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