19 setembro, 2025
sexta-feira, 19 setembro, 2025

Bolsa bate o 7º recorde desde julho. Dólar mantém-se estável a R$ 5,32

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O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira, acaba de alcançar mais um marco impressionante: nesta sexta-feira (19/9), ele subiu 0,23%, atingindo a impressionante marca de 145.832 pontos. Este é o sétimo recorde de pontuação desde julho, com quatro deles só nesta semana. O dólar, por sua vez, apresentou uma leve alta de 0,10%, mantendo-se a R$ 5,32, sinalizando estabilidade frente ao real.

A escalada do Ibovespa e o recuo do dólar têm ganhado força desde meados de agosto, em um momento em que o mercado começou a perceber que o Federal Reserve dos EUA estaria prestes a iniciar um ciclo de cortes nas taxas de juros. Na quarta-feira (17/9), essa expectativa se confirmou com a redução da taxa dos EUA em 0,25 ponto percentual, agora oscilando entre 4% e 4,25% ao ano. Mais cortes são previstos até dezembro.

Este movimento, em conjunto com a Selic mantida em 15% ao ano pelo Banco Central brasileiro, está impulsionando um fluxo crescente de investimentos em nosso mercado. O diferencial de juros, favorável ao Brasil, atrai investidores globais que buscam financiar-se a taxas mais baixas nos EUA para aplicar recursos em mercados com rendimento mais elevado, como o nosso, por meio de operações conhecidas como “carry trade”.

Além de atrair capital, a redução das taxas americanas torna os títulos do Tesouro dos EUA menos atraentes. Isso incentiva um novo “apetite por risco” entre os investidores, que começam a direcionar seus recursos para ações, especialmente em mercados emergentes como o Brasil. Esse ambiente tem sido essencial para os sucessivos recordes do Ibovespa nos últimos meses.

Desde julho, o índice já registrou várias máximas, conforme ilustra a seguinte sequência impressionante de marcas:

  • 4 de julho – 141.263,56 pontos
  • 29 de agosto – 141.422,26 pontos
  • 5 de setembro – 142.640,14 pontos
  • 15 de setembro – 143.546,58 pontos
  • 16 de setembro – 144.061,44 pontos
  • 17 de setembro – 145.593,63 pontos
  • 19 de setembro – 145.832,96 pontos

Para Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, a quarta-feira apresentou um cenário otimista, com investimentos fluindo para ativos de maior risco. Ela destaca que as ações americanas também estão atingindo novas máximas, assim como o Ibovespa, impulsionadas pela expectativa de cortes nas taxas do Fed e um ambiente de estímulo e redução nos custos de financiamento.

Ela ainda comenta sobre os desdobramentos positivos nas relações entre os EUA e a China, que têm aliviado as incertezas do mercado, embora um acordo comercial definitivo ainda esteja longe de ser alcançado.

Por fim, o Banco Central contribuiu para a flutuação do dólar nesta sexta-feira, realizando leilões de linha simultâneas, assegurando a recompra da moeda americana e mantendo a calma no mercado. O objetivo foi atender à demanda dessa moeda, com vencimentos programados para outubro de 2025.

Se você está acompanhando essas movimentações, como você imagina que o futuro da Bolsa brasileira será impactado? Comente sua opinião abaixo!

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