2 novembro, 2025
domingo, 2 novembro, 2025

Bolsonaristas querem impedir aprovação acelerada de PL sobre misoginia

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Recentemente, a proposta de criminalização da misoginia, apresentada pela senadora Ana Paula Lobato (PSB), gerou debate acalorado no Senado. A iniciativa visa equiparar a misoginia a crimes de preconceito já existentes, proporcionando proteção eficaz às mulheres contra atos de discriminação e ódio. No entanto, senadores da base bolsonarista se opõem à aprovação do projeto, solicitando que o tema seja debatido e votado por todos os parlamentares, em vez de seguir o caminho direto das comissões.

Atualmente, o Brasil carece de um tipo penal que trate a misoginia como crime autônomo. Especialistas em direitos humanos apontam que, apesar de condutas motivadas por aversão a mulheres serem passíveis de punição, como injúria e ameaça, não há uma legislação clara que defina a misoginia e as suas consequências legais. O projeto de Lobato busca preencher essa lacuna, oferecendo uma resposta às demandas sociais por justiça e igualdade.

No recurso apresentado, senadores como Eduardo Girão (Novo) e Flávio Bolsonaro (PL) enfatizam que não são contrários à essência do projeto, mas questionam a precisão da definição de misoginia. Eles alertam que uma definição ampla pode resultar em interpretações excessivas e na criminalização de comportamentos que não correspondem a reais expressões de ódio. O debate se intensifica ao considerar que, se aprovada, a inclusão da misoginia no código penal tornaria esses crimes inafiançáveis e imprescritíveis, levantando questões sobre liberdade de expressão e limites legais.

Embora seja uma iniciativa que busca essencialmente proteger a dignidade feminina, a proposta enfrenta controvérsias e ressalvas sobre as possíveis implicações legais e sociais. Em um ambiente onde as vozes em defesa dos direitos das mulheres se fortalecem, será essencial encontrar um equilíbrio entre a proteção necessária e a preservação de direitos fundamentais.

A proposta segue agora para discussão mais aprofundada, mas a preocupação pela adequação dos termos e a efetividade das medidas continua a ser um ponto central de debate. E você, o que pensa sobre a necessidade de um projeto como este? Deixe suas reflexões nos comentários!

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