Em um novo e trágico capítulo de um conflito já marcado pela dor, no dia 28 de outubro, o centro da Faixa de Gaza foi palco de uma ofensiva devastadora. As Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam duas casas no campo de refugiados de Nuseirat, resultando na morte de ao menos 17 membros da família Abu Dalal, incluindo oito crianças. Este ataque ocorreu após o rompimento de um cessar-fogo com o Hamas, que já havia sido quebrado anteriormente desde 10 de outubro, e foi parte de uma ofensiva que durou mais de 16 horas e deixou 104 mortos ao todo.
A família estava em casa, buscando segurança em meio ao caos. O alvo da operação parecia ser Yahya Abu Dalal, identificado pelas FDI como subcomandante da Jihad Islâmica, mas os bombardeios ceifaram vidas que nada tinham a ver com a guerra. Entre os mortos, estava Ameen, de 26 anos, funcionário de uma ONG dedicada a ajudar famílias deslocadas, além de seus irmãos e filhos gêmeos de apenas três anos.
“Dormiam pacificamente quando foram surpreendidos por um ataque aéreo. Eles não tiveram chances”, denunciou o Projeto Sameer em um post emocionado nas redes sociais, acompanhado de uma imagem tocante da família. O sofrimento da perda é palpável, e o destino do menino Yahya permanece incerto, com a possibilidade de que seu corpo ainda esteja sob os escombros.
O ataque aéreo veio logo após um incidente em Rafah, onde palestinos armados atacaram uma unidade de engenheiros de combate, resultando na morte de um reservista. Tal contexto gerou um ciclo de retaliação que, como muitas vezes observado, acabou impactando severamente civis. Dados do Ministério da Saúde de Gaza indicam que 76% das vítimas eram civis, criando um alarmante descompasso entre os armados e os inocentes.
Entre os 104 mortos, até que Israel decidiu retomar o cessar-fogo no dia seguinte, 46 eram crianças e 20 mulheres, segundo os registros oficiais. Em um vídeo que circula pelas redes sociais, o corredor fúnebre da família Abu Dalal é retratado com corpos cobertos por mortalhas brancas. Ao longo do trajeto, um mar de pessoas se junta a um hino coletivo, ecoando a fé em tempos de perda.
Cada vida perdida conta uma história, e cada história merece ser lembrada. Em um tempo em que a violência parece prevalecer, é fundamental abrir um espaço para a empatia e a compreensão. O que você pensa sobre essa tragédia? Deixe seu comentário abaixo e participe da discussão.