15 agosto, 2025
sexta-feira, 15 agosto, 2025

Brasil busca diálogo, mas não negociará soberania, afirma Fávaro

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Em um momento crítico de sua trajetória, o Brasil reafirma seu compromisso com a soberania ao mesmo tempo em que busca o diálogo. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, revelou na última quinta-feira (14), em São Paulo, que o governo está determinado a negociar a redução das tarifas de 50% impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às exportações brasileiras. Contudo, Fávaro deixou claro que a proteção da soberania nacional não está em discussão.

“O primeiro ponto é garantir o diálogo, buscar a negociação. Em momento algum, por determinação do presidente Lula, a gente fechou o diálogo. A gente busca o diálogo na mesa de negociação. Agora, em hipótese alguma, vamos abrir mão da nossa soberania. Em hipótese alguma, por óbvio, vamos negociar aquilo que não é atribuição do Poder Executivo, como, por exemplo, intervenção no Poder Judiciário”, afirmou Fávaro.

As tarifas elevadas se inserem em um contexto de ações dos EUA que visam interferir no cenário político brasileiro, especialmente no que se refere a Jair Bolsonaro e suas tentativas de reverter o resultado das eleições de 2022. Além disso, Trump também iniciou uma investigação comercial contra o Brasil, impondo sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Na quarta-feira (13), o governo federal anunciou um pacote de medidas para mitigar os impactos do tarifaço no setor produtivo, disponibilizando R$ 30 bilhões em crédito por meio da chamada MP Brasil Soberano. Segundo Fávaro, isso representa apenas o início das ações para enfrentar esse desafio, sugerindo que novas medidas poderão ser adotadas conforme necessário.

A análise do impacto sobre setores específicos, como os que dependem fortemente do mercado norte-americano, será fundamental. “Se uma indústria tiver, por exemplo, 80% a 90% de sua produção destinada para os Estados Unidos, essa indústria vai sofrer muito mais do que uma empresa que destina 20% ou 30%. Portanto, casos particulares terão um tratamento diferenciado”, destacou Fávaro.

A busca por novos mercados também é uma prioridade. Fávaro celebrou a abertura de 400 novos mercados para a agropecuária brasileira, destacando que essa é uma das diretrizes do presidente Lula neste momento desafiador. Além disso, o governo planeja implementar um programa de compras públicas para apoiar exportadores impactados, garantindo a inclusão de produtos como manga e pescados nas merendas escolares e nas Forças Armadas.

No campo da infraestrutura, os esforços são igualmente notáveis. Fávaro e o ministro dos Transportes, Renan Filho, estiveram presentes na B3, onde o leilão da Rota do Agro foi vencido pelo Consórcio Rota Agro Brasil, que ofereceu um deságio de 19,70% para o pedágio. Rennan Filho expressou entusiasmo com a competitividade do leilão, que trouxe a promessa de uma infraestrutura mais eficiente, crucial para a competitividade do agronegócio brasileiro.

“Com os oito leilões já realizados, o governo pretende realizar ainda mais neste ano, ressaltando a importância da infraestrutura para o crescimento do setor e a capacidade do Brasil de enfrentar a guerra tarifária. Nossa meta é garantir que o país esteja preparado para um comércio mais livre, longe de barreiras artificiais que limitam nossa eficiência”, concluiu Renan Filho.

A atual conjuntura exige uma mobilização coletiva e uma reflexão sobre os rumos que o Brasil deve tomar. Você acredita que as medidas anunciadas serão suficientes para proteger a soberania nacional e a economia? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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