27 julho, 2025
domingo, 27 julho, 2025

Brasil deixa Aliança Internacional em Memória do Holocausto

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O Brasil acaba de dar um passo significativo ao decidir se retirar da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), uma entidade que visa combater o antissemitismo e preservar a memória do massacre de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Desde 2021, o país era um dos observadores da organização, mas a recente decisão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surgiu após questionamentos sobre a forma como a adesão ocorreu no governo anterior de Jair Bolsonaro (PL), que muitos consideraram inadequada.

Simultaneamente, o Brasil formalizou sua entrada no processo movido pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel, acusando o país de genocídio contra a população palestina na Faixa de Gaza. Essas duas ações despertaram reações contundentes, especialmente do Ministério das Relações Exteriores de Israel, que denunciou o Brasil por uma “profunda falha moral”.

Em seus pronunciamentos, o governo israelense expressou preocupação com a decisão do Brasil de se afastar de um consenso global que luta contra o antissemitismo, especialmente em tempos tão delicados para a segurança do Estado judeu. A nota enfatizou que, em um período onde Israel enfrenta ameaças existenciais, essa postura é vista como imprudente e vergonhosa.

A IHRA, que conta com 35 países membros e nove observadores, impõe obrigações formais aos países que dela fazem parte, como a participação em reuniões e um aporte financeiro anual. Com a saída do Brasil, surgem novos debates sobre a definição de antissemitismo na organização, que é considerada ampla e, para alguns, confunde críticas válidas às políticas israelenses com preconceito contra judeus.

O Itamaraty justificou sua posição na CIJ com uma declaração de que há uma “profunda indignação” frente à violência que tem atingido civis em Gaza e na Cisjordânia. O ministério reforçou que não há espaço para ambiguidade moral ou omissão política, apontando que a impunidade ameaça a legalidade internacional e a credibilidade do sistema multilateral.

Ao criar um espaço para diálogo sobre essas questões complexas, o Brasil reitera seu compromisso com a justiça e os direitos humanos, destacando a plausibilidade de que os direitos dos palestinos estejam sendo severamente violados. O que você pensa sobre essas decisões? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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