
Nos últimos oito anos, o panorama habitacional brasileiro passou por transformações profundas. Um aumento alarmante de 25% no número de famílias que optam por pagar aluguel reflete não só mudanças econômicas, mas também uma nova realidade enfrentada pela população. Em contrapartida, a proporção de lares próprios caiu 8% no mesmo período. Enquanto em 2016 havia 12,3 milhões de domicílios alugados, o número saltou, em 2024, para 23% de um total de 77,3 milhões de residências, o que representa 7,8 milhões de lares apenas alugados.
Essa mudança resulta em consequência direta da diminuição das casas próprias quitadas, que passaram de 66,8% para 61,6%, totalizando 47,7 milhões de lares. O número de brasileiros que pagam aluguel cresceu de 35 milhões para 46,5 milhões, enquanto a quantidade de moradores em imóveis próprios caiu de 137,9 milhões para 132,8 milhões. Segundo William Kratochwill, analista responsável pela pesquisa, esse movimento acena para uma concentração de riqueza e as dificuldades acessíveis na aquisição de imóveis. Contudo, dados recentes indicam um aumento na renda dos brasileiros, o que pode abrir portas para a compra de imóveis no futuro.
Em 2024, 6% dos domicílios eram de propriedade, mas ainda estavam em processo de pagamento, enquanto 9,1% eram cedidos e 0,2% se encaixavam em outras categorias. Esses dados revelam a complexidade do mercado imobiliário no Brasil e as diversas situações habitacionais enfrentadas pela população. O IBGE ainda observou uma tendência crescente na troca de casas por apartamentos, evidenciada pelo aumento na proporção de apartamentos, que passou de 13,7% em 2016 para 15,3% em 2024. Essa mudança reflete a busca por maior proximidade ao trabalho e serviços, além de considerações relacionadas à segurança.
Em 2024, a população total do Brasil era de 211,9 milhões, com 42% dela vivendo na Região Sudeste. São Paulo destaca-se como o estado mais populoso, abrigando quase 46 milhões de pessoas. Diante desse panorama complexo, a discussão sobre habitação se torna cada vez mais pertinente. Quais são suas experiências com aluguel ou propriedade? Compartilhe suas opiniões nos comentários!