A cidade de Katmandu, no Nepal, se transforma em um cenário de caos e desespero. Uma brasileira, Renata Bortolotti, está no centro deste conflito, tentando deixar o país após a explosão de protestos violentos que começaram na última segunda-feira, 8 de setembro. A situação é crítica: pelo menos 19 pessoas perderam a vida, segundo informações locais.
Renata, que se aventurou em uma viagem com um grupo de sete amigas, chegou ao Nepal em 5 de setembro. Após explorar a encantadora cidade de Bhaktapur, elas se viram obrigadas a esperar em um hotel, cercadas por barricadas e incêndios. “Estamos de volta a Katmandu, mas tudo está fechado. Não conseguimos retornar ontem pois as estradas estavam bloqueadas. No hotel, a situação é tranquila, mas o que acontece ao redor é preocupante,” desabafou Renata nas redes sociais.
Com um voo rumo ao Butão agendado para 10 de setembro, a expectativa dela e do grupo é angustiante. O aeroporto da capital está fechado, e elas aguardam o momento certo para partir. “Estamos esperando notícias sobre nosso voo. O fechamento do aeroporto está programado até o meio-dia de hoje”, comentou Renata.
Dentro do guesthouse onde estão, o clima é tenso. Bombas de gás e gritos de protesto ecoam nas ruas. “Sentimos medo, mas estamos seguras. É doloroso ver tantas vidas perdidas e a angústia das famílias afetadas”, refletiu sobre a situação devastadora que assola o país.
Os protestos que varreram Katmandu são uma resposta à corrupção desenfreada do governo. Os manifestantes, predominantemente jovens, chamaram suas manifestações de “Geração Z”, um grito de rebelião contra a proibição de redes sociais como Facebook e WhatsApp. Na terça-feira, 9 de setembro, os protestos culminaram em incêndios, saques e confrontos com a polícia, resultando na renúncia do primeiro-ministro, KP Sharma Oli.
O clima de revolta chegou a extremos, com a destruição da residência do ex-primeiro-ministro Jhala Nath Khanal, onde sua esposa perdeu a vida em meio aos tumultos. Pneus foram queimados em protestos pelas ruas, rodas de confronto montando um cenário de tensão e desespero.
A história de Renata e as imagens dramáticas das manifestações nos mostram que, por trás das estatísticas, existem vidas e sonhos sendo comprometidos. A luta por justiça e liberdade está em jogo, e o mundo observa. Como você se sente ao saber de tudo isso? Compartilhe suas opiniões nos comentários!