
Rio de Janeiro — Diante da iminente cúpula do Brics, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dedicou um dia intenso a compromissos bilaterais com líderes de países fundamentais para a cooperação internacional. Em uma agenda repleta, o presidente se encontrou com representantes da Etiópia, Vietnã, Nigéria, Emirados Árabes e China em busca de alternativas inovadoras para o comércio e o meio ambiente.
Entre as figuras ilustres, estiveram: o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali; o premier do Vietnã, Pham Minh Chinh; o presidente da Nigéria, Bola Tinubu; o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Xeique Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan; e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang.
Na conversa com o primeiro-ministro etíope, Lula enfatizou a importância do multilateralismo e propôs a reforma de instituições de governança global — uma bandeira defendida ao longo de seu mandato. Abiy Ahmed, por sua vez, confirmou a presença na COP30, que ocorrerá em Belém (PA), e seu compromisso com a colaboração ambiental. O presidente brasileiro se comprometeu a enviar uma missão empresarial à Etiópia, almejando fortalecer os laços comerciais entre os dois países.

No encontro com o líder vietnamita, Lula abordou os interesses comerciais e a possibilidade de um acordo entre Mercosul e Vietnã, resultando na assinatura de um pacto de cooperação em ciência e tecnologia. Essa abordagem também foi crucial na conversa com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, onde se discutiu um acordo comercial, visando sua conclusão até o final do ano.
A necessidade de voos diretos entre o Brasil e a Nigéria também foi um tópico central nas discussões com Bola Tinubu, com o objetivo de fomentar o turismo e aumentar as oportunidades de negócios. Durante a visita de Estado do presidente nigeriano ao Brasil em agosto, um fórum de empresários será realizado, ampliando ainda mais as conexões.
Com Li Qiang, Lula abordou a colaboração no agronegócio, meio ambiente e multilateralismo. O premiê chinês se comprometeu a acelerar o reconhecimento do Brasil como livre de gripe aviária e febre aftosa sem vacinação, além de apoiar a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, destinado à conservação ambiental.
Essas reuniões marcam um passo significativo na busca por parcerias que não apenas promoverão o comércio, mas também a sostenibilidade. Quais são suas expectativas para a atuação do Brasil dentro do Brics? Compartilhe suas opiniões nos comentários!