1 setembro, 2025
segunda-feira, 1 setembro, 2025

Brics se reúne sob liderança de Lula em meio a disputas comerciais e instabilidade geopolítica

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Reunião do Brics no Rio de Janeiro

Em meio a um cenário marcado por disputas comerciais e instabilidade geopolítica, o Brasil acolhe a cúpula do Brics, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos dias 5 e 6 de novembro, representantes de 11 países se reúnem no Rio de Janeiro para discutir as crescentes tarifas de importação e o protecionismo exacerbado por lideranças como a de Donald Trump, mesmo que sem mencioná-lo diretamente.

Com a ausência do presidente chinês Xi Jinping e a participação virtual de Vladimir Putin, a cúpula se prepara para um discurso forte contra as medidas unilaterais que ameaçam o equilíbrio do comércio global. Lula enfatiza a necessidade de as nações emergentes se unirem para defender o regime multilateral e reformar a arquitetura financeira internacional. “É vital que nos posicionemos em tempos de ressurgimento do protecionismo”, afirmou o presidente.

A preocupação é latente: após Trump anunciar tarifas que podem chegar a 100%, os membros do Brics se sentem pressionados a agir em uníssono. O esboço da declaração final, ao qual a AFP teve acessos, revela uma indignação clara contra ações que distorcem as normas preestabelecidas pela Organização Mundial do Comércio.

Entretanto, a proposta de criar uma moeda alternativa ao dólar enfrenta resistência. Dilma Rousseff, presidente do banco do Brics, é categórica: “Hoje, ninguém deseja disputar a hegemonia dos Estados Unidos”. Essa realidade revela a dificuldade em estabelecer uma nova dinâmica monetária entre as nações participantes.

O debate sobre o Oriente Médio também marca a reunião, com o Irã exigindo uma postura mais assertiva do grupo. Embora o consenso alcançado mantenha a preocupação com os conflitos na região, evita-se apontar diretamente Israel ou os Estados Unidos, refletindo a complexidade dos relacionamentos e a necessidade de diplomacia cautelosa.

Além de assuntos comerciais, o Brics abordará questões cruciais como mudanças climáticas e inteligência artificial. Com a próxima COP30 marcada para Belém, a cúpula também sedimenta compromissos em saúde e cooperação internacional. Em um esforço para assegurar a segurança do evento, mais de 20.000 militares foram mobilizados, incluindo a utilização de caças para monitoramento do espaço aéreo.

Esta cúpula não é apenas um encontro; é um momento decisivo para os Brics, que busca encorajar um novo paradigma mundial em meio às turbulências atuais. Ao refletir sobre os desafios e potencialidades, convidamos você a compartilhar suas opiniões: qual deve ser o papel das nações emergentes neste novo cenário global?

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