1 novembro, 2025
sábado, 1 novembro, 2025

Busca de imóvel: 4 em cada 10 brasileiros já usam Inteligência Artificial

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IMOBILIÁRIO

Ferramentas como ChatGPT e Gemini transformam o setor imobiliário, personalizando recomendações e acelerando processos de compra e aluguel

Joana Lopes

Imagem ilustrativa da imagem Busca de imóvel: 4 em cada 10 brasileiros já usam Inteligência Artificial

Nos dias de hoje, quatro em cada dez brasileiros estão utilizando a inteligência artificial, através de ferramentas como ChatGPT, Gemini e Midjourney, para encontrar o imóvel dos seus sonhos. Um levantamento do Grupo OLX, conduzido com usuários dos portais ZAP, Viva Real e OLX, revela uma revolução nos hábitos de consumo que redefinem o relacionamento dos brasileiros com a busca pela casa própria.

A tecnologia, antes vinculada mais a setores como finanças e educação, agora desempenha um papel fundamental na experiência de busca imobiliária. “A presença da IA está mudando não só os processos, mas também o comportamento do consumidor”, destaca Taiane Martins, gerente de inteligência de mercado do Grupo OLX. Essa transição é, na verdade, uma evolução cultural: o consumidor busca uma jornada mais autônoma, onde suas expectativas são plenamente atendidas por um serviço que combina eficiência digital e um toque humano.

Um dado interessante do estudo revela que 60% dos indivíduos que já experimentaram a IA a consideram crucial na procura por um imóvel. As funcionalidades mais apreciadas incluem pesquisas em sites de anúncios, filtração de opções com características específicas e recomendações personalizadas baseadas no perfil do usuário.

A comodidade é o motor dessa popularidade. Ao invés de preencher filtros complicados, o consumidor pode apenas dialogar com a ferramenta. Nos portais do Grupo OLX, por exemplo, uma simples interação em linguagem natural, seja por texto ou áudio, é suficiente. “Quanto mais detalhes o usuário fornece, mais acurada será a resposta”, explica Taiane.

Imagine digitar ou dizer: “Quero um apartamento de dois quartos com varanda e piscina em Recife, até R$ 500 mil.” O sistema compreende esses parâmetros e entrega resultados que se alinham perfeitamente às expectativas. Essa simbiose entre tecnologia e praticidade transforma a busca em um processo mais ágil e satisfatório.

Entretanto, nem tudo é um mar de rosas. O estudo aponta que 80% dos entrevistados que nunca utilizaram IA veem essa tecnologia como irrelevante ou se mostram indiferentes. “Isso reflete a resistência comum à adoção de novas ferramentas. Quem experimenta, reconhece seu valor”, comenta Martins, prevendo que, conforme mais serviços incorporem a IA, essa indiferença deve diminuir. A confiança ainda é um fator delicado no processo, já que a tecnologia é amplamente usada na pesquisa, mas ainda hesita na fase decisiva da compra.

O CEO do Instituto Brasileiro de Educação Profissional (Ibrep), Diogo Martins, enfatiza que a IA deve ser vista como um aliado, e não como uma substituta para a orientação profissional. “Essas ferramentas são poderosas para filtrar informações sobre localização, preço e perfil do comprador, mas sua utilização deve ser responsável. Verificar a autenticidade dos anúncios e consultar um corretor registrado no Creci é essencial”, aconselha.

A IA pode reduzir ou ampliar os riscos de golpes, dependendo de como é usada. Sempre que utilizada em plataformas seguras e que validam dados, a tecnologia contribui para aumentar a segurança. Contudo, confiar cegamente em informações não auditadas pode ser perigoso.

O mercado imobiliário, por sua vez, é um dos que mais se beneficia ao aliar tecnologia ao atendimento especializado. Martins destaca que, mesmo com a IA como um suporte fundamental na pesquisa, o fator humano continua insubstituível. “Na hora de concretizar a maior compra da vida, as pessoas buscam confiar em alguém. A ética, a confiança e a experiência do corretor são pilares dessa intermediação”, ressalta.

Vislumbrando o futuro, a IA deve se solidificar como uma parceira estratégica dos corretores, otimizando tarefas burocráticas e melhorando a análise de mercado, enquanto o profissional concentra-se no relacionamento e na negociação. Com a ascensão de chatbots e assistentes de busca cada vez mais inteligentes, o mercado avança para um modelo híbrido, onde a tecnologia e o toque humano coexistem.

“A IA veio para ficar. Ela tornará a jornada de busca mais fluida e acessível, mas o que realmente tornará a experiência memorável será a habilidade de mesclar eficiência digital com empatia humana”, conclui Taiane Martins.

E você, o que pensa sobre a presença da Inteligência Artificial no mercado imobiliário? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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