11 agosto, 2025
segunda-feira, 11 agosto, 2025

Câmara já pagou R$ 11,5 mi em reembolsos médicos a deputados federais

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Desde o início da atual legislatura em 2023, a Câmara dos Deputados já desembolsou impressionantes R$ 11,5 milhões em reembolsos médicos para deputados federais. Isso acontece mesmo com a disponibilidade de planos de saúde de alto padrão e uma vasta rede hospitalar. Um levantamento efetuado por meio da Lei de Acesso à Informação revelou que 305 dos 513 parlamentares se utilizaram desse benefício, com uma média de reembolso de R$ 37,5 mil por deputado.

No topo deste ranking encontramos o deputado Paulo Folletto (PSB-ES) com R$ 600,8 mil. Ele passou por uma cirurgia e, no ano passado, enfrentou um tratamento quimioterápico nos Estados Unidos. Mesmo com sua história de saúde delicada, Folletto não respondeu aos pedidos de informações do Metrópoles sobre os detalhes de seus reembolsos.

O ranking dos reembolsos destaca outros parlamentares: Luiz Carlos Motta (PL-SP) com R$ 391,019.72 e Luciano Bivar (União-PE) com R$ 366,400. Detalhes sobre os tratamentos realizados, no entanto, são escassos. A falta de transparência sobre esses gastos leva a questionamentos sobre como o dinheiro público está sendo utilizado.

Embora os reembolsos sejam destinados a despesas médicas, a Câmara se defende citando a proteção de informações pessoais. O Programa de Assistência à Saúde (Pró-Saúde) oferece cobertura médica e odontológica para os deputados e seus dependentes, mas não disponibiliza informações claras sobre os reembolsos feitos a cada parlamentar.

Contrariamente ao que se pode imaginar, não existe um limite restrito para a quantidade de reembolsos solicitados. Apenas um teto de R$ 135,4 mil por nota. Embora tratamentos estéticos não sejam permitidos, a Câmara não revela o que é efetivamente reembolsado. A soma de recursos provenientes tanto da Câmara quanto de fontes privadas até agora acumula cerca de R$ 3,2 milhões, refletindo a complexidade dessa gestão financeira.

Duas parlamentares que já não estão em exercício figuram entre os que mais receberam. Amália Barros, que faleceu em 2024 após um tratamento complicado, e Carla Zambelli, que enfrenta questões judiciais e uma condenação. O comportamento dos políticos em relação ao uso de verbas públicas levanta debates acalorados sobre accountability.

A maioria dos deputados procurados para comentar sobre os reembolsos optou pelo silêncio. Luiz Carlos Motta comentou que todos os gastos seguiram as normas da Câmara, mas sem revelar detalhes específicos dos tratamentos. Luciano Bivar também se limitou a mencionar um procedimento cirúrgico de urgência, sem entrar em pormenores.

Esta questão merece um olhar atento. Os cidadãos têm o direito de saber como o dinheiro público é administrado. A falta de transparência está suscitando uma série de perguntas sobre a ética no uso das verbas públicas. O que você pensa sobre isso? Acredita que deveria haver mais clareza nas informações sobre os reembolsos médicos dos parlamentares? Dê sua opinião nos comentários!

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