19 outubro, 2025
domingo, 19 outubro, 2025

Carlos Viana afirma que ‘ninguém será blindado na CPMI do INSS’

Compartilhe

Senador declara que a comissão tem conseguido expor em detalhes o funcionamento da fraude e destaca que ‘o saldo é muito positivo’

Carlos Moura/Agência Senado

Carlos Viana, presidente da CPMI do INSS

Presidente da comissão, senador Carlos Viana, destaca o balanço positivo da CPMI e ressalta o compromisso com a transparência e a punição aos envolvidos

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) segue revelando um complexo esquema de desvios que pode ter lesado milhões de aposentados e pensionistas em todo o país. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), destacou o balanço positivo dos trabalhos, ressaltando o compromisso com a transparência e a punição aos envolvidos.

O senador afirmou que, apesar das tentativas de obstrução, a CPMI tem conseguido expor em detalhes o funcionamento da fraude. “O saldo é muito positivo, porque os brasileiros agora sabem exatamente, em detalhes, tudo o que aconteceu na Previdência”, declarou Viana.

As investigações apontam para um esquema de descontos indevidos realizados por associações e sindicatos nos benefícios de aposentados, muitas vezes sem a autorização dos segurados. Uma das principais entidades investigadas é a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (CONAFER), que teria realizado transferências que somam R$ 285 milhões para empresas sob suspeita.

Até o momento, os trabalhos da CPMI já resultaram em prisões e no bloqueio de bens dos principais envolvidos. Entre os detidos estão figuras centrais no esquema de desvio de dinheiro. Além disso, a justiça determinou o bloqueio de quase R$ 390 milhões de um sindicato, valor correspondente a descontos indevidos de aposentados e pensionistas. Durante as operações, foram apreendidos dezenas de carros de luxo, motos e relógios avaliados em mais de um milhão de reais.

Apesar dos avanços, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana, lamenta que algumas testemunhas e investigados tenham se valido de habeas corpus para permanecer em silêncio durante os depoimentos. No entanto, ele garante que a comissão continuará firme em seu propósito. “Ninguém será poupado na comissão”, assegurou o senador, que tem um compromisso de não blindar ou perseguir ninguém, convocando todos que ocuparam cargos de responsabilidade para prestar esclarecimentos.

Próximos passos

A CPMI planeja colocar em votação requerimentos para a quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático de diversas pessoas, incluindo o do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Outro nome que pode ser convocado a depor é o de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Lula e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI), entidade também investigada por descontos irregulares.

O objetivo, segundo Viana, é dar total clareza e transparência aos fatos e garantir que os responsáveis sejam punidos. A comissão, que tem previsão de encerrar seus trabalhos em março de 2026, busca não apenas a responsabilização dos culpados, mas também propor medidas para evitar que novas fraudes ocorram.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Subtitulos [hide]

Veja também

Mais para você