O 1º Cartório Integrado Cível de Salvador enfrenta uma crise alarmante, com quase 8 mil processos paralisados por mais de 100 dias. Dados do sistema Exaudi, consultados em julho de 2025, revelam que essa situação alarmante já havia sido identificada em inspeções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no ano anterior, levando a Corregedoria Geral de Justiça da Bahia (CGJ-BA) a uma medida urgente: a elaboração de um plano de ação para resolver a questão.
As fiscalizações realizadas em 2024 foram um divisor de águas. Elas destacaram a existência de 5.078 processos sem movimentação por um longo período, resultando em cobranças diretas para que o cartório tomasse providências imediatas. No entanto, o quadro piorou. Em julho de 2025, o número de ações paralisadas chegou a impressionantes 7.952, mesmo após a implementação de um critério mais flexível para avaliação.
A lentidão na tramitação dos processos não é o único desafio. Durante o primeiro semestre de 2025, o cartório recebeu 7.766 novas ações, enquanto apenas 6.529 processos foram concluídos, gerando um acúmulo de 1.237 casos. Para agravar a situação, 760 processos apresentam falhas de cadastro, complicando ainda mais a organização e a tramitação das pendências.
Diante desse cenário preocupante, a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça da Bahia, Júnia Araújo Ribeiro Dias, deu diretrizes claras: o juiz coordenador e o supervisor administrativo do cartório devem apresentar um plano detalhado em até 10 dias. Este documento precisa incluir medidas específicas, responsáveis designados, prazos definidos e métricas de acompanhamento, visando à “redução imediata e sustentável” do acervo paralisado.
A pressão é real, e as consequências para os gestores podem ser severas caso não sejam cumpridas as determinações. Você está atento a como a justiça será realizada em seu município? Compartilhe sua opinião nos comentários!