Presidente dos EUA vinha manifestando repetidamente sua convicção de que merecia o prêmio por seu papel na resolução de conflitos, mais recentemente após negociar um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas
EFE/EPA/WILL OLIVER/PISCINA
Trump vinha manifestando repetidamente sua convicção de que merecia o Nobel por seu papel na resolução de conflitos
A Casa Branca, por meio de seu diretor de comunicação, Steven Cheung, criticou nesta sexta-feira (10) a decisão do comitê do Prêmio Nobel da Paz de conceder o reconhecimento à líder opositora venezuelana María Corina Machado. Segundo Cheung, o comitê “colocou a política acima da paz” ao preterir o presidente Donald Trump, que expressou nos últimos dias seu desejo de ganhar o prêmio.
Trump vinha manifestando repetidamente sua convicção de que merecia o Nobel por seu papel na resolução de conflitos, mais recentemente após negociar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento palestino Hamas em Gaza, assinado na quinta-feira. “O presidente Trump continuará alcançando acordos de paz, pondo fim a guerras e salvando vidas”, escreveu Cheung na rede X. “Ele tem o coração de um humanitário, e nunca haverá ninguém como ele, capaz de mover montanhas com a força pura de sua vontade.”
Na véspera do anúncio do prêmio, Trump reiterou que a mediação do cessar-fogo em Gaza era a oitava guerra encerrada desde seu retorno à Casa Branca em janeiro. “Seja o que for que façam, tudo bem. Eu sei disso: não fiz por isso, fiz porque salvei muitas vidas”, explicou. Após o anúncio, María Corina Machado dedicou seu prêmio ao povo venezuelano e, surpreendentemente, também a Donald Trump. “Estamos à beira da vitória e hoje, mais do que nunca, contamos com o presidente Trump (…) A Venezuela será livre!”, declarou a opositora em sua mensagem na rede X.
Machado conta com amplo apoio de políticos latinos no Congresso dos Estados Unidos. Em agosto de 2024, congressistas republicanos, incluindo o então senador Marco Rubio e o atual secretário de Estado do gabinete Trump, publicaram uma carta aberta pedindo o Nobel para a líder venezuelana, destacando sua “resistência pacífica contra os tiranos e sua capacidade de organizar e liderar um movimento não violento pela democracia e pelos direitos humanos”.
*Com informações da AFP