No coração do sertão baiano, um caso de intolerância religiosa tem ganhado destaque. O processo que investiga a invasão, vandalismo e furto ocorrido em um terreiro de candomblé em Brumado foi encaminhado à Justiça estadual. Essa decisão, proferida pelo juiz João Batista de Castro Júnior, da Justiça Federal de Vitória da Conquista, ressalta a gravidade da situação.
O magistrado baseou sua deliberação na competência do Ministério Público Federal (MPF), que evidenciou a necessidade de tratar a intolerância religiosa na esfera estadual. Além disso, a Polícia Civil já havia conduzido uma investigação abrangente sobre o ocorrido, trazendo mais clareza às circunstâncias do caso.
Os réus identificados como Ivanildo Rocha da Silva, um ex-candidato a vereador pelo PMB, e Danúbio Augusto da Silva, um policial militar, enfrentam acusações sérias. Em fevereiro de 2022, a dupla teria invadido o Centro Cultural do Candomblé Castelo Alto do Xangô, pertencente à Sociedade Floresta Sagrada Alto do Xangô, utilizando um trator. O ato não se limitou à invasão: eles depredaram o espaço sagrado e proferiram ofensas racistas contra os integrantes da comunidade.
Ademais, o furto de objetos do terreiro, que posteriormente foram revendidos, só intensifica a gravidade das alegações. Este caso é um lembrete contundente da necessidade de respeitar e proteger as práticas culturais e religiosas. Que ações como essa não sejam ignoradas e que a justiça prevaleça.
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