2 outubro, 2025
quinta-feira, 2 outubro, 2025

Caso Hungria: em quanto tempo surgem os sintomas por bebida adulterada

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A internação do cantor Hungria, hospitalizado nesta quinta-feira (2/10) sob suspeita de contaminação por bebida alcoólica contaminada por metanol, acabou gerando uma nova dúvida a respeito dos casos de intoxicação no país. O cantor, que estava no Distrito Federal quando começou a sentir os primeiros sintomas, estava no último domingo (28/9) no estado de São Paulo, onde a maioria dos casos estão sendo investigado.

O Metrópoles conversou com autoridades médicas que explicam quanto tempo de fato o metanol passa a atingir o organismo. De acordo com o toxilogita Álvaro Pulchinelli, toxicologista os efeitos da intoxicação pelo metanol, podem ser confundidos com a própria embriaguez.

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Hungria foi internado em Brasília sob suspeita de intoxicação por Metanol

Reprodução/Instagram @hungria_oficial

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Hungria foi internado em Brasília sob suspeita de intoxicação por Metanol

Reprodução/Instagram @hungria_oficial

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Hungria foi internado em Brasília sob suspeita de intoxicação por Metanol

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Hungria foi internado em Brasília sob suspeita de intoxicação por Metanol

Reprodução/Instagram @hungria_oficial

“Os sintomas podem começar logo após a ingestão, mas sintomas específicos da intoxicação pelo metanol começam em torno de 4 a 6 horas, em média, depois da ingestão. Mas eles também podem se iniciar em até um ou dois dias. Isso é muito variável, depende de pessoa para pessoa, da sensibilidade individual de cada um, bem como também da quantidade de substância ingerida. Ou seja, então não há uma regra específica de horas exatas para quando começaram os sintomas ou não”, explica o especialista.

O médico emergencista Yuri Castro Santos alerta, porém, que pacientes podem permanecer assintomáticos até as primeiras 72 horas. Este período de latência, como explica o médico, pode ser alterado de acordo com o organismo de cada indivíduo; e o tempo de reação pode ser ainda menor caso haja ingestão de grandes quantidades de bebida alcoólica contaminada.

“O quadro pode se agravar especialmente após o período de latência, quando ocorre a metabolização do metanol no fígado pela enzima álcool desidrogenase, gerando formaldeído e ácido fórmico, substâncias altamente tóxicas. Essa fase costuma surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão, podendo ser mais precoce em casos de grande ingestão ou em pessoas que não consumiram etanol concomitantemente”, afirma.

De acordo com o boletim médico do o músico, ela apresenta sintomas como cefaleia (dor de cabeça), náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica. A este portal, a família do artista conta que ele sentiu os primeiros sintomas na madrugada desta quinta-feira (2/10).

Dias antes, no entanto, Hungria se apresentou em uma casa de shows em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Pelas redes sociais, o estabelecimento afirmou que também está combatendo a possível venda de bebidas contaminadas, e que por isso, foi interditada para uma ação preventiva da vigilância sanitária local.

Atualmente, autoridades do estado lidam com as repercussões da comercialização das bebidas adulteradas, que já ocasionaram em outras internações e possíveis mortes. Até o momento são mais de 30 casos sob investigação. O caso de Hungria, porém, pode dar início a novas diligências também no Distrito Federal.

O cantor, no entanto, estaria respondendo bem aos tratamentos hospitalares e está longe de risco iminente, afirma a assessoria do artista. A agenda de Hungria para o mês de outubro foi cancelada devido ao ocorrido.

Entenda a cronologia dos sintomas:

  • Período de latência: Após os sintomas iniciais, o paciente pode permanecer 24 a 72 horas assintomático ou oligossintomático, dependendo da quantidade ingerida.
  • Segundo estágio (12-24 horas após a exposição): Manifestações cardiopulmonares caracterizadas porTaquipneia;Cianose;Edema agudo de pulmão;Síndrome da angústia respiratória;Distúrbios de condução;Arritmias.
  • Terceiro estágio (24-72 horas após a exposição): toxicidade renal com presença de cristais de oxalato de cálcio na urina, dor lombar, uremia, injuria renal aguda.
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