21 agosto, 2025
quinta-feira, 21 agosto, 2025

Castigos físicos geram múltiplos riscos à saúde infantil, alerta OMS

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Castigos físicos e saúde infantil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um poderoso alerta: o castigo corporal é um grave problema global de saúde pública. Essa prática prejudica não apenas o desenvolvimento físico, mas também a saúde mental das crianças, criando um ciclo de comportamento agressivo e potencial criminal. A cada ano, cerca de 1,2 bilhão de crianças ao redor do mundo são submetidas a algum tipo de punição física.

O relatório, divulgado em 11 de agosto, define castigo corporal como qualquer aplicação de força física com a intenção de causar dor ou desconforto. Dados de 49 países de baixa e média renda revelam que crianças expostas a essa forma de violência têm 24% menos chance de atingir o desenvolvimento esperado, em comparação àquelas que não são punidas fisicamente.

As consequências ao longo do tempo são alarmantes. Crianças que sofrem castigos físicos têm maior propensão a desenvolver ansiedade, depressão, baixa autoestima e instabilidade emocional, efeitos que podem persistir até a vida adulta. Além disso, essa prática está ligada a um aumento no consumo de álcool e drogas, comportamentos violentos e até risco de suicídio.

O relatório indica que, em maio passado, 17% das crianças submetidas a castigos corporais sofreram punições severas, como pancadas na cabeça, rosto ou orelhas. As taxas de punição variam significativamente: 30% no Cazaquistão, 32% na Ucrânia, até alarmantes 63% na Sérvia, 64% em Serra Leoa e 77% no Togo. Nas escolas, cerca de 70% das crianças na África e América Central relataram ter enfrentado castigos físicos, enquanto na região do Pacífico Ocidental, essa prevalência gira em torno de 25%.

Fatores como deficiência, histórico de violência na família e problemas de saúde mental em pais e cuidadores aumentam significativamente a vulnerabilidade dessas crianças. Diante dessa realidade, a OMS defende que a simples mudança legislativa não é suficiente para erradicar o castigo corporal. É imprescindível promover campanhas de conscientização e oferecer suporte a pais, cuidadores e professores, incentivando métodos de disciplina não violentos.

Como você vê a relação entre disciplina e saúde infantil? Compartilhe sua opinião nos comentários! Vamos juntos fomentar um diálogo positivo sobre o tema.

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