16 agosto, 2025
sábado, 16 agosto, 2025

Celular caído em tentativa de execução revela como opera o PCC no DF

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Celular que revelou operação do PCC

Um celular esquecido durante uma tentativa de execução desvendou os intricados mecanismos do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Distrito Federal. O dispositivo, deixado cair por um dos líderes da facção, permitiu que investigadores da 27ª Delegacia de Polícia desenterrassem detalhes de um assassinato cuidadosamente orquestrado. A história começou na noite de 5 de fevereiro, quando disparos ressoaram na quadra 604 do Recanto das Emas, deixando um jovem de 21 anos gravemente ferido.

O atirador, que fugiu em alta velocidade na garupa de uma moto, deixou para trás um smartphone Xiaomi, conectado a uma conta identificada como pertencente a Kaio Eduardo Santana da Silva. Este nome agora é alvo da Polícia Civil do DF. A vítima, atingida por múltiplos tiros, foi prontamente socorrida ao Hospital Regional, onde, após horas de cirurgia, conseguiu escapar do perigo.

**Investigações reveladoras** surgiram quando os investigadores conseguiram acessar a memória do celular. Sob autorização judicial, descobriram que Kaio era um membro ativo do PCC, conhecido como “PL”, com o título de “disciplina” na hierarquia da facção. Seu papel era crucial: repassar ordens da cúpula e impor regras, não apenas aos membros, mas também às facções rivais, como o Comando Vermelho.

A estrutura do PCC se estende por diversas regiões administrativas. Em cada local, disciplinadores, como Kaio, mantêm um vigilante olhar sobre o que ocorre, reportando ao “Geral”, líder da facção no DF, que a tudo comunica com a matriz em São Paulo. Assim, o controle do tráfico de drogas e das operações criminosas se torna uma constante, com relatórios frequentes sobre a situação em cada área.

Cada crime planejado requer a autorização de altos escalões do PCC. Kaio, em particular, havia sinalizado uma vítima, alegando que ele era associado ao Comando Vermelho. Após defender suas razões diante das lideranças em São Paulo, o crime foi autorizado. O planejamento foi meticuloso: o grupo coordenou transporte, a identidade do executor e os detalhes da fuga.

As ordens vindas de São Paulo permitiram que a execução fosse agendada, e os faccionados começaram a monitorar a vítima com rigor, até compartilhando fotos, preparando a emboscada que resultaria no ataque.

Mesmo com toda a organização, a tentativa falhou. A vítima sobreviveu, um desfecho inesperado para quem estava destinado à morte. Kaio, por sua vez, desapareceu após o atentado, mantendo-se à espreita. Informações sobre seu paradeiro podem ser repassadas pelo número 197, onde o sigilo é garantido.

Sua opinião e relatos sobre situações semelhantes são valiosos. Como você vê a relação entre tecnologia e crimes organizados? Comente abaixo!

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