21 agosto, 2025
quinta-feira, 21 agosto, 2025

CEO da Quaest: tarifaço “intoxicou” a oposição e desgastou Tarcísio

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Pesquisa Quaest

Em uma análise reveladora da pesquisa Genial/Quaest, o cientista político Felipe Nunes destaca que o recente “tarifaço” instaurado pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros teve um impacto significativo sobre a oposição no Brasil, especialmente desgastando a imagem de figuras proeminentes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Este desgaste é evidente na atual corrida presidencial, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desponta liderando em todos os cenários, ampliando sua vantagem sobre os concorrentes, incluindo Tarcísio, o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A pesquisa não só confirma a força de Lula, mas também revela Tarcísio como o nome mais competitivo da oposição em um possível segundo turno. Neste contexto, Lula alcança 43% das intenções de voto, enquanto o governador soma 35%. No entanto, Nunes observa um detalhe crucial: “Mesmo sendo o nome mais forte da direita, Tarcísio sofre impacto negativo devido à sua associação com Bolsonaro no tarifaço. A vantagem de Lula sobre ele cresceu de 4 para 8 pontos entre julho e agosto.”

O cenário para Bolsonaro, que permanece inelegível por abuso de poder político, é ainda mais preocupante, com Lula ampliando sua vantagem de 6 para 12 pontos percentuais (47% a 35%). Para a ex-primeira-dama, a diferença também aumentou, agora com 47% para Lula e 34% para Michelle, refletindo um movimento de rejeição que permeia a ex-presidente. Políticos como Ratinho Jr. (PSD) também sentem os efeitos do tarifaço, mostrando-se mais reservados quanto ao tema.

Outros cenários mostram Lula vencendo robustamente governadores como Eduardo Leite (46% a 30%), Romeu Zema (46% a 32%) e Ronaldo Caiado (47% a 31%). O contraste se acentua no duelo com Eduardo Bolsonaro, onde a diferença que antes era de 10 pontos, agora salta para 15. “Ações de Eduardo nos EUA não têm se traduzido em apoio eleitoral”, afirma Nunes.

Entretanto, mesmo diante dessa liderança, 58% dos eleitores expressam que Lula não deveria tentar a reeleição em 2026. Para Jair Bolsonaro, o cenário é ainda mais desfavorável, com 65% acreditando que ele deveria se retirar da disputa em favor de outro nome da direita. A insegurança eleitoral é palpável, com 66% dos eleitores ainda indecisos sobre seu voto.

Realizada entre 13 e 17 de agosto com 12.150 entrevistas em estados que concentram 66% do eleitorado nacional, essa pesquisa revela uma complexa trama política onde as sombras do tarifaço e a insatisfação popular se entrelaçam, moldando narrativas e futuros incertos. Como vocês avaliam esses números? Compartilhem suas opiniões nos comentários!

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