27 julho, 2025
domingo, 27 julho, 2025

CGU aponta problema em obras inacabadas no Ministério da Educação

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Obras de educação em andamento

Em um panorama preocupante para a educação brasileira, um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou falhas alarmantes nas obras financiadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A análise indica que documentos cruciais para a retomada de obras paradas frequentemente não refletem a realidade efetiva das construções. Essa discrepância pode resultar em desperdício de recursos públicos e até mesmo em novas paralisações.

Os dados são ainda mais contundentes: 82% dos laudos técnicos de engenharia não apresentaram informações adequadas, carecendo de clareza e consistência. Em estados como Amazonas, Tocantins, Amapá e Sergipe, qualquer documento analisado foi classificado como insatisfatório. Essa falta de rigor nos laudos se reflete também nas planilhas orçamentárias, onde 82% das análises mostraram incoerências, incluindo serviços já realizados e omissões de etapas essenciais.

Além disso, a CGU destaca falhas significativas no sistema de monitoramento e na transparência dos dados, comprometendo a fidelidade das informações e dificultando o controle da execução da política pública. O levantamento incluiu 230 obras em 163 municípios, totalizando mais de R$ 269 milhões em investimento, mas os resultados não são animadores: embora haja previsão de R$ 4,1 bilhões para a criação de 741 mil vagas na educação básica, apenas 7% das obras interessadas conseguiram finalizar os trabalhos em mais de um ano.

Em resposta, o FNDE explicou que o período auditado abrangeu meses cruciais para a implantação do Pacto Nacional pela Retomada de Obras e Serviços de Engenharia na Educação Básica, conforme estipulado pela Lei nº 14.719/2023. Essa fase inicial da política focou na tramitação das manifestações de interesse e na realização das primeiras diligências. A responsabilidade pela informação técnica recaiu sobre os municípios, que precisam garantir a qualidade das documentações apresentadas.

Por fim, o FNDE reforçou suas ações para ajudar os municípios na adequação dos pedidos de repactuação. Isso inclui apoio técnico contínuo, disponibilização de modelos padronizados de laudos e planilhas orçamentárias, além de supervisões presenciais e capacitação dos gestores locais. A situação exige atenção e agilidade para que este projeto essencial para a educação básica brasileira não sofra mais interrupções.

E você, o que pensa sobre a situação das obras de infraestrutura na educação? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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