26 julho, 2025
sábado, 26 julho, 2025

CGU apura “fraude da fraude” no INSS após suspeita de áudios falsos

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Prédio do INSS em Brasília - Metrópoles
Prédio do INSS em Brasília

A Controladoria-Geral da União (CGU) investiga um intrigante esquema que envolve a apresentação de documentação forjada, incluindo áudios manipulados, por algumas entidades. O objetivo? Simular a autorização de aposentados e pensionistas para ressarcimentos indevidos, revelando uma verdadeira “fraude dentro da fraude” ligada à farra do INSS, que veio à tona através do Metrópoles.

Recentemente, a CGU identificou várias irregularidades, como a apresentação de gravações de áudio que não têm validade como prova. Esses registros, por exemplo, foram usados por entidades que alegavam comprovar a autorização de descontos, mas, em uma abordagem lógica, aposentados desmentiram a assinatura e a autorização, resultando em apoio ao INSS. Tais áudios não são permitidos pelas normas, pois não têm respaldo em regulamentos que exigem documentação mais convincente e autêntica.

Uma das gravações analisadas chamou atenção: um aposentado responde apenas “sim” a perguntas que parecem ter sido editadas para criar um contexto que nunca existiu. Além disso, outro caso revelou que documentos apresentados por uma entidade continham informações erradas, criando uma rede de enganos. O aposentado, que teve descontos aplicados pela Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos (Ambec), viu a autorização ser formalizada sem seu conhecimento, em um esforço que envolveu o pagamento de até R$ 9 milhões à empresa Balcão das Oportunidades.

Funcionários dessa última, conforme depoimentos de um ex-colaborador, eram instruídos a contatar aposentados com promessas enganosas, como vantagens ou cancelamento de descontos. Após obter uma breve confirmação do cliente, os áudios eram manipulados para inserir diálogos que sugeriam uma aceitação da filiação às associações fraudulentas. Esse esquema, desvendado na Operação Sem Desconto da Polícia Federal, envolveu valores exorbitantes e revelações chocantes sobre os lucros de empresários suspeitos.

A resposta do INSS à investigação foi cautelosa. Ao ser questionado sobre as irregularidades, a instituição declarou que a validação das entidades deve se basear em documentos físicos, sem espaço para gravações de áudio. Quando identificadas fraudes, os casos são encaminhados para auditoria e as entidades notificadas sobre a devolução dos valores. O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, descreveu o ocorrido como “fraude da fraude”, validando as preocupações sobre esse esquema de aproveitamento indevido.

O que você pensa sobre essa situação alarmante? Comente abaixo e compartilhe suas ideias sobre a importância de resguardar os direitos dos aposentados e a necessidade de fiscalizar essas práticas fraudulentas!

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