Em um acontecimento que agita a política argentina, o chanceler Gerardo Werthein decidiu renunciar ao cargo que ocupou desde outubro de 2024. A decisão vem à tona apenas quatro dias antes das importantes eleições legislativas e foi formalizada na noite de terça-feira, com efeito a partir da próxima segunda-feira. Este movimento parece estar relacionado às mudanças que o presidente ultraliberal Javier Milei pretende implementar em seu gabinete, dependendo do resultado eleitoral.
Werthein, que substituiu Diana Mondino após sua controversa votação a favor do levantamento do bloqueio dos Estados Unidos a Cuba, viu seu papel na Chancelaria marcado por uma política de alinhamento com aliados estratégicos como os EUA e Israel. Durante seu mandato, no entanto, ele enfrentou um mar de críticas, especialmente nas últimas semanas, quando a reunião entre Milei e o presidente dos EUA, Donald Trump, não teve os resultados esperados. A pressão se intensificou nas redes sociais, onde apoiadores de Milei questionavam sua eficácia.
A crise financeira que assola a Argentina e a incessante corrida cambial, mesmo com o apoio bilionário do governo Trump, acentuam um clima de instabilidade. Werthein esperava encontrar respaldo no presidente diante das críticas, mas essa expectativa não se concretizou. Com a sua saída, resta indagar quais serão os rumos da política externa argentina e como o governo Milei irá lidar com os desafios impostos por um cenário tão volátil.
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