9 setembro, 2025
terça-feira, 9 setembro, 2025

Chegar perto de um visitante interestelar não é ficção científica

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E se tivéssemos a chance de encontrar um visitante interestelar de perto? Pesquisadores do Southwest Research Institute (SwRI) estão desbravando essa possibilidade com um novo estudo que propõe uma missão para sobrevoar corpos celestes que vêm de fora do nosso Sistema Solar. Esses “intrusos cósmicos” oferecem informações valiosas sobre regiões desconhecidas da Via Láctea, despertando um grande interesse na comunidade científica.

O projeto, financiado internamente, delineia objetivos científicos, equipamentos essenciais e requisitos baseados em descobertas anteriores, como o cometa 3I/ATLAS. Os cientistas acreditam que, em um cenário ideal, seria possível interceptar esse cometa e obter dados valiosos sobre sua composição e estrutura.

Em resumo:

  • Pesquisadores buscam interceptar visitantes interestelares para coleta de dados;
  • O estudo é inspirado por descobertas passadas, como ʻOumuamua e Borisov;
  • Estimativas indicam que milhares de objetos desse tipo cruzam a Terra anualmente;
  • Sobrevoos poderiam revelar segredos sobre a origem e evolução desses corpos;
  • Trajetórias de interceptação foram traçadas com tecnologias de propulsão existentes.

Apenas três detecções entre milhares de “forasteiros” que passam pelo Sistema Solar

O primeiro “forasteiro” identificado foi o asteroide 1I/ʻOumuamua, descoberto em 2017, seguido pelo cometa 2I/Borisov em 2019 e, mais recentemente, pelo cometa 3I/ATLAS, que atraiu atenção mundial em 2025. Com esses encontros, a expectativa é que mais objetos semelhantes sejam encontrados, especialmente com o auxílio do Observatório Vera C. Rubin, que promete expandir nossa capacidade de detecção de corpos interestelares na próxima década.

Alan Stern, científico da equipe, destaca a importância de um sobrevoo para ampliar nosso entendimento sobre a formação de corpos sólidos em outros sistemas estelares. Estima-se que milhares de objetos interestelares traçam rotas pelo nosso espaço cósmico anualmente, embora suas velocidades extremas dificultem a captura orbital com a tecnologia atual.

Objeto Interestelar Oumuamua

Uma missão que pode ser viável

Os pesquisadores do SwRI demonstraram que um encontro com o 3I/ATLAS, se a espaçonave já existisse, é absolutamente viável e poderia oferecer dados inéditos. A proposta prevê um sobrevoo frontal em alta velocidade, permitindo coletar informações durante a aproximação. Matthew Freeman, gerente do projeto, confirma que a trajetória do 3I/ATLAS está ao alcance da missão planejada.

Os objetivos são claros: entender as propriedades físicas do cometa e analisar sua composição, além de examinar a nuvem de gás que se forma ao seu redor, o que pode revelar pistas sobre sua origem. Para isso, um software especial foi desenvolvido, simulando uma população fictícia de objetos interestelares e encontrando rotas possíveis com tecnologias já usadas em missões recentes.

Mark Tapley, especialista em mecânica orbital, utilizou esse programa para confirmar que a espaçonave poderia alcançar o 3I/ATLAS, reafirmando a viabilidade de futuras missões a corpos interestelares. Apesar de o 3I/ATLAS já ter passado, esse estudo serve como um exemplo prático de que estamos prontos para explorar mais a fundo os mistérios do universo.

A exploração de visitas interestelares é uma oportunidade empolgante que nos aguarda. O que você acha dessa possibilidade? Seu comentário pode contribuir para essa discussão fascinante!

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