2 setembro, 2025
terça-feira, 2 setembro, 2025

Cid diz à PF que conta no Instagram com nome da esposa não era dele

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Na tarde de terça-feira, 24 de junho, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, adentrou o campo da controvérsia em seu depoimento à Polícia Federal. Ele se distanciou de uma conta do Instagram, identificada como @gabrielar702, pela qual teria trocado mensagens com o advogado de um dos réus da suposta tentativa de golpe. A Meta, responsável pela rede social, confirmou que o e-mail vinculado a esse perfil realmente pertence ao ex-assistente.

Este depoimento é uma peça chave no inquérito que investiga possíveis atos de obstrução das investigações, especialmente após um advogado divulgar diálogos com Cid no ano anterior. Ao ser questionado, Cid expressou não conhecer a autoria da conta e negou ter discutido com o advogado sobre qualquer delação premiada.

Interrogado sobre a criação do perfil, Cid alegou ignorar quem tivesse feito isso e reafirmou que não teve conversas sobre acordos de colaboração com a Polícia Federal. Além disso, ao mencionar Eduardo Kuntz, defensor de Marcelo Câmara, Cid recordou que conheceu o advogado durante a defesa de Bolsonaro e que ambos o visitaram na prisão em 2023.

O ex-ajudante revelou que Kuntz se aproximou de sua filha devido a interesses no hipismo e buscou contato com a família entre o final de 2023 e o início do ano corrente. Ele também citou Paulo Bueno, defensor de Bolsonaro, que se ofereceu para auxiliá-lo.

Surpreendido pela repercussão da conta do Instagram, Cid afirmou que tomou ciência disso somente após uma matéria da revista Veja. Ele também estranhou a aproximação de Kuntz, insistindo que não há razões para tal e comentou que Wajngarten, outro ex-assessor, buscou informações com sua família, o que pareceu suspeito considerando o contexto das investigações.

Sobre os áudios que Kuntz divulgou, Cid negou ter tido conversas diretas com ele, sugerindo que poderia ter sido gravado sem seu consentimento. Para ele, esse material poderia ter sido editado visando prejudicar sua imagem.

Cid enfatizou que não recebeu qualquer abordagem de Marcelo Câmara acerca de uma delação, embora não pudesse afirmar se outras pessoas tentaram agir em nome do ex-assessor. Esse cenário levou o ministro Alexandre de Moraes a ordenar que a PF ouça Wajngarten e o advogado de Bolsonaro, além de anexar um laudo técnico do celular da filha de Cid ao inquérito, num prazo de dez dias.

O que você acha dessa situação envolvendo Mauro Cid? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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