4 setembro, 2025
quinta-feira, 4 setembro, 2025

Cientistas encontram proteína que pode reverter envelhecimento cerebral

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Camundongo na mão de uma pessoa e colocando uma das patas no dedo da pessoa

Um time de cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) fez uma descoberta que pode revolucionar nossa compreensão do envelhecimento cerebral. Identificaram uma proteína chamada ferritin light chain 1 (FTL1), que está associada ao armazenamento de ferro no corpo e, surpreendentemente, pode ter um papel crucial na prevenção de doenças neurodegenerativas.

Os pesquisadores realizaram experimentos em camundongos onde a manipulação da FTL1 teve efeitos impressionantes. Alterações no nível dessa proteína resultaram na aceleração do declínio cognitivo, mas também na recuperação de funções em animais mais velhos. Isso levantou um questionamento intrigante: pode essa proteína ser a chave para reverter efeitos do envelhecimento?

hipocampo
Manipulação da proteína em camundongos mostrou resultados promissores (Imagem: Aleksandr Pobeda / Shutterstock.com)

Focando no hipocampo, região essencial para memória e aprendizagem, os cientistas compararam camundongos jovens e idosos. Notaram que a concentração de FTL1 era maior nos animais mais velhos, o que levou a um estudo mais profundo com edição genética. Os resultados foram reveladores: camundongos jovens com níveis elevados de FTL1 apresentaram problemas de memória, enquanto aqueles mais velhos, com a proteína reduzida, mostraram sinais de melhora cognitiva.

Além das observações em animais, a equipe também examinou células em laboratório. Descobriram que altos níveis de FTL1 dificultavam o crescimento normal dos neurônios, interferindo na formação das ramificações necessárias para a comunicação cerebral. Esse excesso pode até afetar as mitocôndrias, responsáveis por fornecer energia às células, um fator já associado ao envelhecimento.

Imagem mostra um exame de ressonância magnética do cérebro, que pode detectar doenças
A proteína FTL1 pode ser um dos motores do envelhecimento cerebral (Imagem: Radiological imaging / Shutterstock)

Os autores da pesquisa, cujos resultados foram publicados na revista Nature Aging, alertam que, por ora, as descobertas são limitadas a modelos animais. Contudo, a FTL1 pode ser um dos motores do envelhecimento cerebral, não apenas uma consequência do tempo. Saul Villeda, cientista biomédico da UCSF, destaca que essa descoberta vai muito além de simplesmente atrasar os sintomas do envelhecimento.

As expectativas para o futuro são alentadoras. A pesquisa busca entender como a proteína atua em humanos e como essa descoberta pode beneficiar casos de doenças como Alzheimer e Parkinson. Villeda acredita que estamos diante de um horizonte promissor: “Estamos vendo mais oportunidades de aliviar as piores consequências da velhice.”

O que você acha dessa descoberta? Já imaginou como a ciência pode impactar o futuro do nosso envelhecimento? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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